08 de Maio de 2018
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Com endereço ainda incerto na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a unidade brasileira da Oxis Energy, que é especializada em produção de células de bateria de lítio-enxofre, iniciará suas operações no primeiro trimestre de 2020. A garantia é do diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Marco Antônio Castello Branco.
Durante evento na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), ontem, ele anunciou o ano de inauguração e adiantou que a fábrica terá capacidade de produzir um milhão de células de bateria de lítio-enxofre por ano, o suficiente para fabricar 80 ônibus elétricos por ano.
A abertura da filial brasileira da britânica Oxis Energy só será possível porque a Codemig Participações (Codepar), subsidiária da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) comprou 33% de participação da Companhia Brasileira de Lítio (CBL). O valor de investimento foi de R$ 80 milhões, conforme explicou Castello Branco. Com essa operação, a Codepar passou a se beneficiar da exploração e do beneficiamento do lítio já realizado pela CBL nos municípios de Araçuaí e de Divisa Alegre, no Vale do Jequitinhonha, e também garantiu a vinda da Oxis Energy para o Estado.
“Essa compra de 33% garantiu a possibilidade da compra de 10% da Oxis Energy, pela Codepar, por meio do Fundo Aerotec, que faz aportes em empresas dos setores aeroespacial, defesa e novos materiais com alto potencial de crescimento. A compra de participação da startup britânica foi realizada sob a garantia de que ela abriria uma subsidiária brasileira”, explica.
De acordo com Castello Branco, a unidade, que iniciará operações no primeiro trimestre de 2020, funcionará como uma fábrica-laboratório, com o lítio extraído no Jequitinhonha, já que terá uma escala baixa nesse primeiro momento. O local exato da planta não foi confirmado, mas a garantia é que será na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
“É um investimento de alto risco, então vamos começar com uma produção de um milhão de células de lítio-enxofre por ano. Uma fábrica completa teria uma produção dez vezes maior que isso. Entendemos que esse formato de laboratório nos possibilitará aprender e desenvolver a logística, qualificar mão de obra sem assumir um risco grande demais agora”, explicou.
Segundo ele, o principal diferencial da Oxis Energy é a produção de células de bateria de lítio-enxofre e não de íon-lítio, que é o mais comum no mercado. “Trata-se de uma geração mais moderna do produto, que não oferece risco de aquecimento e explosão como o seu antecessor”, disse.
Uma das principais aplicações do lítio é na produção de baterias de celulares, laptops e de veículos elétricos. Sua utilização como componente em baterias elétricas vem sendo aperfeiçoada para aumentar o tempo de uso e a autonomia. Castello Branco acredita que a filial brasileira da Oxis Energy fomentará a produção de ônibus elétricos no País. Segundo ele, a produção inicial da fábrica em Minas Gerais seria suficiente para fabricar 80 ônibus elétricos por ano.
Fonte: Diário do Comércio – 08/05/2018
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