10 de Abril de 2018
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A Índia deve dar apoio financeiro aos produtores de cana que fornecem matéria-prima para usinas de açúcar, disseram duas fontes do governo, em uma rara medida para subsidiar a indústria, que está sofrendo com um excesso de oferta e lutando para exportar em meio a baixos preços globais.
A Índia, maior consumidora de açúcar do mundo, cancelou no mês passado um imposto de exportação de 20 por cento e obrigou as usinas a embarcarem pelo menos 2 milhões de toneladas de açúcar. Mas as empresas disseram que incorreriam em uma perda de pelo menos 150 dólares por tonelada porque os preços globais estavam próximos de uma mínima em dois anos e meio.
A administração do primeiro-ministro Narendra Modi deve aprovar uma proposta para pagar cerca de 55 rúpias (0,84 dólar) por cada tonelada de cana vendida às usinas, disseram duas fontes do governo, que pediram anonimato.
Embora a Índia não esteja planejando nenhum incentivo direto para as exportações de açúcar, fornecedores rivais como Brasil, Austrália e Tailândia ainda podem apresentar queixas à Organização Mundial do Comércio (OMC), dizendo que tal apoio ajudará a indústria indiana a vender no exterior.
O Brasil, maior produtor de açúcar do mundo, já expressou preocupação com as políticas que apóiam as vendas internacionais do adoçante da Índia e do vizinho Paquistão.
Autoridades do governo insistem que os planos da Índia de pagar diretamente aos plantadores de cana não infringem as regras da OMC.
Mas isso aumentará as perspectivas de 50 milhões de produtores de cana, um influente lobby político, e 524 usinas lutando contra enormes quantidades de açúcar.
Enquanto o governo planeja pagar 55 rúpias por tonelada para os produtores de cana, as usinas pagariam o restante do preço estabelecido pelo Estado, disseram as fontes.
Fonte: Reuters - 09/04/2018
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