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No semestre, a bioeletricidade ofertada pelo setor sucroenergético foi 11.339 GWh

16 de Setembro de 2020

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A oferta de bioeletricidade em geral para o sistema nacional foi de 17.443 GWh de janeiro a agosto deste ano, representando um aumento de 4% em relação a igual período em 2019. Volume equivalente a atender 10,4% do consumo industrial de energia elétrica do país durante todo o ano passado ou 9 milhões de unidades residenciais.

Apenas no mês de agosto/20, a bioeletricidade ofertada para o SIN foi de 3.159 GWh. Embora represente uma queda de 9% em relação a agosto de 2019, essa geração renovável foi quase 7 vezes superior à geração pelo carvão mineral no último mês e 1,4 vez superior à geração total pelas térmicas a gás no país em agosto de 2020.

De janeiro a julho deste ano, 89% do total da geração pela fonte bioeletricidade em geral para a rede esteve concentrada em apenas cinco Estados da Federação: São Paulo (45%), Mato Grosso do Sul (14%), Minas Gerais (12%), Goiás (11%) e Paraná (7%). Todos esses Estados ficam na chamada Região Centro-Sul sucroenergética.

De janeiro a julho de 2020, o Estado que mais gerou bioeletricidade para a rede foi São Paulo (6.398 GWh), responsável por 45% do total de geração no período. A bioeletricidade para a rede pelo ESP cresceu 9% de janeiro a julho de 2020 em relação a igual período em 2019, sendo equivalente a 9% de toda a geração de energia elétrica pelo ESP em 2019.

De janeiro a julho de 2020, a bioeletricidade ofertada para a rede pelo setor sucroenergético foi 11.339 GWh (alta de 4% em relação à igual período em 2019), representando 79% da geração da bioeletricidade em geral no período. Estima-se que essa energia renovável de 11.339 GWh tenha evitado a emissão de 3,8 milhões de toneladas de CO2, marca que somente seria atingida com o cultivo de 27 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.

Dos 11.339 GWh gerados pelo setor sucroenergético para a rede, entre janeiro e julho deste ano, 73% foram ofertados entre maio e julho, meses que compõem o período seco para o setor elétrico brasileiro. Trata-se de uma geração equivalente a ter poupado 8% da energia armazenada sob a forma de água nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste, por conta da maior previsibilidade e disponibilidade da bioeletricidade justamente no período seco e crítico para o setor elétrico brasileiro.

Na safra sucroenergética 2010/11, cada tonelada de cana-de-açúcar processada resultou em um total de 36 kWh, na “média-Brasil”. Já na safra 2019/20, esse mesmo indicador foi 57,3 kWh por tonelada de cana-de-açúcar processada, representando um crescimento de quase 60% no período decenal para esse indicador.

Em capacidade instalada de geração, atualmente outorgada pela ANEEL, o Brasil detém 175.137 MW. A biomassa em geral representa 9% da matriz elétrica brasileira, com 15.404 MW instalados (mais do que uma Itaipu), ocupando a 4ª posição na matriz, atrás das fontes hídrica, eólica e gás natural.

Com referência à bioeletricidade da cana, o setor sucroenergético tem 406 usinas termelétricas (UTEs) em operação comercial, detendo hoje 11.747 MW, superando a capacidade instalada na usina Belo Monte (que é 11.233 MW). O setor sucroenergético representa em torno de 7% da potência outorgada no Brasil e 76% da fonte biomassa em geral.

Somente cinco Estados detêm 88% da capacidade instalada pela fonte biomassa no setor sucroenergético: São Paulo detém 51% da capacidade instalada com 204 usinas termelétricas (UTEs), seguido por Goiás (12% da capacidade instalada) com 32 UTEs, Minas Gerais (12%) com 46 UTEs, Mato Grosso do Sul (9%) com 22 UTES e Paraná (4%) com 27 UTEs.

 

Fonte: Cana Online - *Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da UNICA – União da Indústria de Cana-de-Açúcar

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