02 de Janeiro de 2018
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Um acordo entre as usinas e o governo estadual de São Paulo definiu que a palha da cana-de-açúcar não deve mais ser queimada a partir do mês que vem. A medida foi tomada para colaborar com a preservação do meio ambiente e que gera consequências diretas para quem vive do corte manual.
Atualmente, o estado é responsável por produzir mais da metade da cana do país.
A colheita deve ser feita apenas com máquinas. Foram dez anos de adaptação para que as cinzas que pairaram sobre o interior paulista por décadas fossem finalmente extintas. A Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo estima que 65 milhões de toneladas de poluentes já deixaram de ser lançadas no meio ambiente apenas durante o período de adequação.
Melhora na qualidade
A colheita da safra da cana está quase no fim na principal região produtora do país, que engloba os estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás. A produção foi menor neste ano mas, em compensação, a qualidade da cana está melhor.
O longo período de seca está entre os motivos da safra menor este ano na principal região produtora do país. Um balanço divulgado pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) revela que as usinas do Centro-sul do Brasil moeram 552 milhões de toneladas nesta safra, o que representa 10 milhões de toneladas a menos do que em 2016.
Segundo o meteorologista da Climatempo Alexandre Nascimento, nesta última semana de 2017 e também em janeiro a chuva aumenta bastante e deve voltar a ficar regular nas áreas produtoras de cana de SP, MS e PR. Em fevereiro e março, períodos mais secos devem ocorrer, mas não durante muito tempo. "Provavelmente teremos semanas secas intercalando com semanas mais molhadas nesses dois meses. O clima deve favorecer o desenvolvimento da cana e os períodos mais secos podem ser usados em corte e moagem", explica o meteorologista.
Por outro lado, a safra deste ano está mais produtiva, ou seja, a retração na moagem foi compensada pelo aumento na concentração de sacarose, o que significa mais açúcar na planta. O teor de ATR (Açúcar Total Recuperável) chegou a 137 quilos por tonelada nesta safra. Três quilos a mais por tonelada, em comparação com a produção de 2016.
Fonte: Climatempo – 26/12/2017
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