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Novo protocolo agroambiental será assinado no Ethanol Summit

23 de Junho de 2017

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Superar os desafios advindos da mecanização da colheita da cana no Estado de São Paulo, entre os quais o manejo do solo e o controle de pragas, farão parte das metas-chave da 2ª fase do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético de São Paulo, que será assinado na abertura do Ethanol Summit 2017, na próxima segunda e terça-feira (26 e 27/06), no WTC São Paulo.

 Entre as metas está também a consolidação de melhores práticas ambientais e de produção no setor paulista, a exemplo da proteção e recuperação de matas ciliares já em curso. Mais detalhes sobre a continuidade do Protocolo, que há dez anos estabelece uma série de compromissos e diretivas técnicas relacionadas à sustentabilidade na produção de cana, serão revelados após o evento.

A formalização do novo documento ocorrerá após o discurso do governador Geraldo Alckmin, quando autoridades do poder público de SP e representantes de entidades setoriais, incluindo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica-SP), participarão de uma cerimônia especial para oficializar o texto.

Saldo

Originalmente criado em 2007 em parceria com fornecedores/ produtores de cana e as Secretarias Estaduais do Meio Ambiente e da Agricultura, o Protocolo Agroambiental implementou importantes ações em prol do desenvolvimento sustentável em mais de 4 milhões de hectares em SP; 24% da área agricultável.

Resultados significativos da iniciativa foram apresentados durante um encontro promovido no início de junho (06/06), na sede da Unica-SP, reunindo lideranças empresariais do segmento sucroenergético e os secretários de Meio Ambiente, Ricardo Salles, e de Agricultura, Arnaldo Jardim.

Na safra 2016/2017, o Protocolo teve a participação de 133 unidades agroindustriais, 24 associações de fornecedores e mais de cinco mil pequenos e médios produtores. Dentre muitas conquistas, destaca-se a mecanização de 97,4% da colheita da cana no Estado.

Com o fim do uso da queima controlada do canavial, técnica antes utilizada para facilitar o corte manual da planta, deixou-se de emitir mais de 9,7 milhões de toneladas de CO2 e mais de 56 milhões de toneladas de poluentes atmosféricos. Para se ter uma ideia dos ganhos ambientais, os números equivalem ao que é emitido anualmente por 161 mil ônibus em centros urbanos.

Outros resultados do Protocolo indicam que, nos últimos dez anos, a indústria canavieira paulista recuperou mais de 200 mil hectares de matas ciliares e 8.230 nascentes, área correspondente à mais 300 mil campos oficiais de futebol.

Além disso, o setor sucroenergético reduziu em 40% o consumo de água em operações industriais para o processamento da cana, tendo ainda investido mais de 3 bilhões na compra de equipamentos e implementos agrícolas e qualificando mais de mais de 26 mil trabalhadores rurais.

(Fonte: Unica-SP – 22/06/17)

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