24 de Outubro de 2018
Notícias
As ações da gigante de agroquímicos Bayer voltaram a apresentar forte queda na bolsa de Frankfurt. Os papéis da multinacional alemã registram ontem desvalorização de 9,46% e fecharam a € 69,27, menor patamar desde fevereiro de 2013.
Mais uma vez, a queda foi determinada por desdobramentos das polêmicas envolvendo o glifosato - herbicida desenvolvido pela Monsanto, empresa americana que passou ao controle da Bayer em agosto.
Na segunda-feira, de acordo com informações da Dow Jones Newswires, a magistrada Suzanne Bolanos, de San Francisco, confirmou veredicto de agosto passado contra a Monsanto por esconder o potencial cancerígeno do Roundup (marca de herbicida à base de glifosato). Entretanto, a juíza reduziu o valor das multas e da indenização da ação de US$ 289 milhões para US$ 78 milhões.
No dia 10 de agosto, a Justiça da Califórnia decidiu que a Monsanto, agora Bayer, teria que pagar US$ 289 milhões na ação movida por Dewayne Johnson, jardineiro de San Francisco que atribui o desenvolvimento de um câncer à exposição a dois herbicidas à base de glifosato (Ranger Pro e Roundup).
A Justiça negou a solicitação da Monsanto para que fosse realizado novo julgamento. Contudo, a magistrada de San Francisco reduziu para US$ 39 milhões - em vez de US$ 250 milhões - a indenização por perdas e danos. O restante dos valores envolvidos na sentença se referem a multas.
Apesar da redução do valor a ser pago, a decisão é uma derrota para a Bayer, já que abre precedentes em outros processos envolvendo o glifosato. Apenas nos EUA, há hoje cerca de 8 mil processos semelhantes em andamento, como já admitiu Werner Baumann, CEO da Bayer.
Valor Econômico -24/10/18
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