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O Brasil vai ter energia suficiente quando os carros elétricos chegarem?

26 de Outubro de 2018

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Pela primeira vez, o Salão do Automóvel de São Paulo vai dar destaque aos carros eletrificados (elétricos e híbridos). Dessa forma, também pela primeira vez a exposição paulistana começa a ficar mais alinhada com o que se vê nos salões ao redor do mundo.

Hyundai Ioniq, Chevrolet Bolt, Nissan Leaf, Renault Zoe e BMW i3 são alguns dos modelos 100% elétricos confirmados para a mostra. BMW i8 Roadster, Mini Countryman S E e Toyota Prius estão entre os híbridos.

Alguns devem chegar às lojas no ano que vem, caso de Chevrolet Bolt e Nissan Leaf. O BMW i3 já está à venda. Será que há algum risco de “apagão” elétrico se as vendas desse tipo de veículos deslancharem?

Na França, elétricos representam 1% das vendas

Primeiramente, é preciso dizer que mesmo nos países desenvolvidos a participação de carros elétricos ainda é muito pequena. Na França, por exemplo, os carros puramente elétricos (recarregáveis na tomada) representam pouco mais de 1% do mercado.

Em 2017, foram 24.904 unidades. A metade desse volume foi representada pelo Renault Zoe (um dos que estarão na mostra paulistana).

O limitador é o preço. O BMW i3 custa a partir de R$ 199.950. Ou seja, é preciso gastar muito (na compra do carro) para não gastar com o abastecimento. Sem incentivos governamentais, a conta não fecha. Essa é a razão pela qual muitas marcas vão expor seus carros, mas apenas para observar a aceitação.

Se os incentivos aparecerem e em algum momento os elétricos começarem a chegar às ruas em maior número, aparentemente não haverá problemas com a rede elétrica. Pelo menos é o que indica estudo da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), responsável pelo fornecimento de energia na região de Campinas.

Em um recente debate sobre o tema, o representante a empresa, Danilo Leite, informou que duas turbinas eólicas são suficientes para o abastecimento de 14 mil veículos elétricos. Assim, de acordo com ele, o risco de pane no sistema por desabastecimento é “praticamente zero”.

O Estado de São Paulo - 26/10/18

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