30 de Outubro de 2017
Notícias
A presença de etanol na gasolina vendida no Brasil é um empecilho para a adoção de novas tecnologias de motores, como o híbrido. Esse foi o argumento de Issao Mizoguchi, presidente da Honda para a América do Sul, pouco antes da abertura do Salão de Tóquio ao público.
Perguntado sobre aproveitar incentivos fiscais para levar o CR-V híbrido ao mercado brasileiro, o executivo afirmou que “mal adequamos o modelo atual, dá um trabalhão ajustar ao combustível vendido no Brasil”, disse, referindo-se ao sistema de alimentação.
A quinta geração do CR-V a ser oferecida no Brasil será importada dos EUA. A produção do modelo no México foi interrompida e o país hoje produz apenas o Fit. A mudança de origem implica em aumento de preço para o modelo, por conta da perda dos benefícios garantidos pelo acordo de comércio bilateral entre Brasil e México.
O SUV mais vendido no mundo chega ao Brasil com motor flex 1.5 turbo de 190 cv e 24,7 kgfm de torque, equipado com transmissão continuamente variável CVT. Mas Mizoguchi acena com a chance de o consumidor brasileiro ter acesso à versão híbrida: "O Brasil tem uma particularidade no combustível por conta do etanol, o que exige um ajuste específico. Mas não descartamos a possibilidade", afirma o executivo.
Etanol na gasolina
O acréscimo obrigatório de etanol anidro à gasolina comum passou a ser de 27% em março de 2015; na gasolina premium, manteve-se em 25%. Isso implicaria ajustes também para modelos como o Type-R, segundo fontes da Honda. O motor de alta performance do hatch espotivo rende 320 cv a 6.500 rpm e 40,8 kgfm entre 2.500 e 4.500 rpm. Produzido apenas na Inglaterra, o Civic Hatch padece do mesmo problema, além do preço pouco competitivo com que chegaria ao mercado brasileiro.
O scooter PCX, modelo da categoria campeão de vendas no Brasil, foi apresentado nas versões híbrida e elétrica no Salão de Tóquio. As vendas no mercado japonês e asiátivo estão programadas para 2018. Custo é o mesmo argumento para fazer da novidade apenas mais um “estudo” para o mercado sul-americano, segundo afirmação de Takahiro Hachigo, presidente mundial da Honda.
(Fonte: Auto Esporte – 27/10/17)
Veja também
18 de Abril de 2024
Futuro do setor bioenergético brasileiro é tema de debate da Revista CanaOnlineNotícias
18 de Abril de 2024
Brasil apoia iniciativa indiana para sediar Aliança Global de BiocombustíveisNotícias
18 de Abril de 2024
Produtores brasileiros de etanol podem ser os primeiros beneficiados da indústria de SAFNotícias