11 de Novembro de 2019
Notícias
O Paraguai se consolida como o segundo maior fornecedor de etanol para o Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. Dos 84,45 milhões de litros do biocombustível adquiridos no exterior em outubro, 21,9 milhões, ou 26,5%, vieram do país vizinho. A participação paraguaia como exportador do produto ao Brasil cresce mês a mês.
Foram 13,91 milhões de litros (16,7%) em agosto e 15,46 milhões de litros (23,7%) em setembro. O volume não chega a ameaçar os norte-americanos, que respondem por cerca de 70% do total, mas os paraguaios têm a vantagem de pertencerem ao Mercosul e estarem livres da tarifa de 20% que pode ser aplicada aos EUA.
Pelo rio
O diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, estima que entre 150 milhões e 180 milhões de litros de etanol paraguaio entrem no Brasil por ano. Uma das rotas é a hidroviária - o biocombustível desce até o Rio da Prata, na Argentina, e segue pelo mar até o Nordeste, diz Padua.
Nichos
Além do biocombustível, o país vizinho se especializou na fabricação de açúcar orgânico, exportado para vários destinos. Segundo a consultoria Canaplan, o Paraguai tem 14 usinas, colhe 6,2 milhões de toneladas de cana em 110 mil hectares por safra e utiliza milho para produzir álcool.
Mais energia
A consultoria de commodities agrícolas e de gerenciamento de risco INTL FCStone prevê crescimento da estratégia de fixar o preço de combustíveis por contratos de derivativos, hoje ainda incipiente. “Com a Petrobras acompanhando as cotações internacionais do petróleo, devemos ter maior volatilidade nos preços dos combustíveis no mercado interno e por isso se torna necessário que as empresas se protejam de oscilações bruscas”, explica Fábio Solferini, CEO do escritório do Brasil.
Crédito
Com a Selic em queda e a competição no setor, bancos começam a reduzir juros ao agronegócio. O Santander anunciou que as taxas do Multiagro passam de 9,9% para 8,9% ao ano no parcelamento de até três anos, e de 10,9% para 9,9% ao ano para a amortização em até sete anos. A linha, lançada em agosto, financia máquinas agrícolas, equipamentos, silos, armazéns, placas fotovoltaicas e pivôs. Além dos juros menores, o Multiagro passa a financiar também bens usados.
Fonte: Estadão – 11/11/19
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