23 de Abril de 2019
Notícias
Em meio à retomada do debate nacional sobre os preços dos combustíveis, frente às ameaças de uma nova greve dos caminhoneiros, a Petrobras aumentou a sua transparência e passou a divulgar, desde ontem, os preços reais praticados pela empresa em 37 pontos diferentes de suprimento. A nova estratégia de comunicação vale para a gasolina, o diesel S10 (10 partes de enxofre por milhão) e o diesel S500 (500 partes por milhão, mais poluente).
A iniciativa vai em linha com o que defende a Agência Nacional de Petróleo (ANP), que prepara desde 2018 uma resolução para dar mais transparência ao mercado. O objetivo é obrigar a Petrobras - e outros agentes dominantes regionais - a divulgar os preços reais praticados nos diferentes pontos de suprimento.
Até então, a Petrobras publicava diariamente apenas a média nacional dos preços nas refinarias - e a média mensal dos preços em cada ponto, com defasagem de um mês. Em entrevista recente ao Valor, o diretor-geral da agência, Décio Oddone, disse que a forma como a estatal divulgava seus preços era "no mínimo incompleta, para dizer uma palavra suave".
Com a medida, a petroleira se antecipa à resolução da ANP. Segundo uma fonte, a transparência deixa mais claro para a concorrência - e a sociedade - o quanto a empresa cobra pelos derivados nas mais diferentes regiões - e o quão alinhada a companhia está com o mercado internacional. Em seu site, a petroleira reitera que mantém a paridade de importação.
A política de preços da empresa já passou, nos últimos anos, por uma série de mudanças, a última delas em 26 de março, quando a estatal anunciou que o diesel passaria a ser reajustado por períodos não inferiores a 15 dias. Desde julho de 2017, a empresa previa reajustes a qualquer tempo, inclusive diariamente.
Os números da Petrobras mostram que há uma variação grande entre os valores cobrados nas diferentes regiões do país. Na gasolina, a diferença entre o preço mais caro e o mais barato chega a R$ 0,2975 o litro. No diesel S500, essa diferença é de R$ 0,2358 e, no caso do S10, de R$ 0,2589 o litro.
Valor Econômico - 23/04/2019
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