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Pesquisadores da Embrapa compõe grupo que desenvolve o RenovaBio

27 de Setembro de 2017

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Lançado dezembro de 2016 pelo Governo Federal, o Programa RenovaBio busca expandir a produção de biocombustíveis no Brasil, baseado na previsibilidade, na sustentabilidade ambiental, econômica e social, compatível com o crescimento do mercado. Foi em fevereiro deste ano objeto de Consulta Pública, para análise e validação pela sociedade brasileira.

O Governo Federal prevê assim o avanço do setor de biocombustíveis até o ano de 2030, destacando o seu papel na matriz energética brasileira.

O Programa deve estimular investimentos em modelos de produção mais sustentáveis, promovendo o desenvolvimento de novas tecnologias para biocombustíveis, como o etanol de segunda geração, o biometano, o biodiesel HVO (óleo vegetal hidrotratado), o diesel de cana-de-açúcar e o bioquerosene.

Para o etanol, a previsão é de que o Brasil venha a produzir 54 bilhões de litros em 2030. A produção atual é de cerca de 28 bilhões de litros de etanol por safra.

Os quatro principais eixos do Renovabio são: o desenvolvimento de novos biocombustíveis, sustentabilidade ambiental, confirmação do papel dos biocombustíveis na matriz energética brasileira e regras de comercialização desses produtos. O Programa alinha-se à meta de redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE), firmada na COP21, em Paris, em 37% dos níveis de 2005 até 2025, e em 43% dos níveis de 2005 até 2030.

Para incentivar o aumento da produção nacional de biocombustíveis, o RenovaBio deve trazer uma vantagem competitiva para as empresas que apresentarem processos produtivos com menos emissão de carbono. Para este cálculo entra a RenovaCalc.

Marília coordena o Grupo Técnico responsável pela elaboração do protocolo de desempenho ambiental dos biocombustíveis, dentro do Programa e acredita que “este será um importante estímulo à melhoria dos processos produtivos agrícolas e agroindustriais para fins energéticos, com vistas à sustentabilidade ambiental”.

Participam também do Grupo Técnico, pela Embrapa, a pesquisadora Nilza Patrícia Ramos, presidente do Portfólio de Projetos para o Setor Agroindustrial Sucro-Alcooleiro Energético (SASE); o pesquisador Marcelo Morandi, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente e o analista Renan Novaes. Para Morandi, a construção do RenovaBio “tem sido um marco no processo de elaboração de políticas públicas no Brasil, por promover a interlocução entre o Poder Público, as instituições de C&T e o setor produtivo”.

Destaca ainda que “o desenvolvimento do protocolo de avaliação de desempenho ambiental para os biocombustíveis, com forte base científica, assim como a RenovaCalc, são importantes contribuições que a Embrapa e seus parceiros – FEM/Unicamp, CTBE e Agroícone – dão ao país, como retorno do investimento do dinheiro público em ciência e tecnologia”.

(Fonte: Embrapa – 22/09/17)

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