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Pesquisadores da UFMG criam motor a etanol tão eficiente quanto um a diesel

24 de Outubro de 2017

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Os propulsores flex são interessantes pela liberdade que proporcionam na hora de abastecer, mas ainda enfrentam muitos pontos em que precisam evoluir.

Ao ter que lidar com combustíveis de características díspares, como é o caso da gasolina e etanol, e ainda sem uma solução definitiva que permita uma taxa de compressão variável para os propulsores modernos, os engenheiros tem um vasto campo de trabalho pela frente.

Mas para provar que o etanol não é o “vilão” dessa história, um grupo de pesquisadores brasileiros apresentou um trabalho muito interessante: após 14 anos de estudos, eles revelaram ao mundo um motor 1.0 movido a etanol com 185 cv de potência e nível de eficiência semelhante aos motores diesel, superando os propulsores semelhantes a gasolina.

O trabalho foi coordenado pelo professor e engenheiro mecânico José Guilherme Coelho Baêta, que pertence ao Centro de Tecnologia e Mobilidade da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “O etanol sempre superou a gasolina em termos de eficiência energética. A novidade aqui é a paridade de consumo de combustível”, explica o professor.

Depois de 14 anos de estudos em busca de tornar o uso do etanol mais viável, pela primeira vez os pesquisadores conseguiram atingir o máximo de sua eficiência, inclusive superando os demais combustíveis. Os pesquisadores modificaram todo o sistema de combustão do motor e reduziram o tamanho da câmara de combustível para facilitar a queima do etanol com cargas elevadas.

“O combustível fóssil tem uma vida útil pequena, de 40 anos, aproximadamente, e no futuro não será possível depender só de sistemas elétricos. Por isso, é preciso desenvolver tecnologia a partir do uso de matrizes energéticas renováveis. Cerca de 45% da matriz energética de combustível no Brasil vem de fontes renováveis, enquanto que em outros lugares do mundo este índice gira entorno de 11%. Isso significa que temos condições de sermos autossuficientes, adaptados à realidade do clima tropical”, acrescenta o engenheiro mecânico

(Fonte: Autoo - 23/10/17)

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