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Petrobras não precisa considerar inflação para definir preço do combustível

12 de Janeiro de 2017

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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse hoje (11) que a empresa está seguindo a política de preços de combustíveis e afirmou ainda que a estatal não é obrigada a levar em conta critérios macroeconômicos na fixação de seus preços, ao ser questionado se a inflação é considerada nos cálculos.

Segundo ele, os combustíveis são commodities, não têm preço fixado, e precisam seguir o movimento do mercado internacional. 

"Como acontece com uma padaria quando o trigo aumenta e ela tem que refletir isso no preço do pão, acontece na soja, no café e no minério de ferro. Então, aqui não é uma questão que a Petrobras esteja criando qualquer situação. Ela está reagindo a movimentos dos preços das commodities nos mercados internacionais. Nós não geramos isso. Nós refletimos isso nos preços da companhia", disse Pedro Parente durante café da manhã com jornalistas na sede da empresa, no centro do Rio de Janeiro.

Sobre repercussão no mercado do preço do diesel e a manutenção do preço da gasolina e que os valores estão fora dos patamares internacionais, Parente rebate críticas de analistas de que os preços adotados pela empresa estão diferentes dos praticados no mercado.

"Divulgamos uma política que estamos seguindo à risca. Nós estamos, de acordo com os nossos cálculos, mantendo exatamente a margem que a gente deseja tanto quanto ao diesel como para a gasolina", disse.

O presidente da Petrobras informou ainda que a empresa recebeu na semana passada uma proposta de negociação salarial dos petroleiros. Segundo ele, a empresa vai analisar nas próximas semanas a proposta.

Pedro Parente descartou um novo Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV) e citou apenas que poderá haver desligamento voluntário para casos de venda de ativos.

                             . Pedro Parente afirmou que a Petrobras pretende investir US$ 19 bilhões neste ano. O montante representa aumento de US$ 5 bilhões em relação ao executado no ano passado, um salto de 35,7%. Ele destacou que a companhia não precisará captar recursos para executar seus projetos. A Petrobras só irá ao mercado fazer captações, segundo ele, se surgirem oportunidades atrativas, como foi a primeira captação do ano, de US$ 4 bilhões, realizada no último dia 9. “Nós não precisamos de dinheiro novo”, destacou Parente.

A Petrobras conta com US$ 42 bilhões em ativos que poderão ser negociados para chegar à meta de desinvestimento de US$ 21 bilhões em 2017 e 2018, segundo o diretor executivo da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores, Ivan Monteiro. Entre as negociações, a mais avançada é a venda de fatia da BR Distribuidora, disse ele, sem adiantar uma data para a conclusão do negócio.

O processo de desinvestimento da empresa está suspenso por conta de determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) e de liminar concedida pela Justiça ao sindicato de petroleiros de Sergipe e Alagoas (Sindipetro-AL/SE).

(Fonte: Agência Brasil e O Tempo – 11/01 e 12/01)

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