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Petrobras seguirá com reajustes caso preço internacional volte a subir

18 de Maio de 2020

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A Petrobras planeja fazer novos reajustes nos preços dos combustíveis, se houver novos aumentos dos preços internacionais, afirmou nesta sexta-feira o presidente da companhia, Roberto Castello Branco.

“Estamos seguindo os preços internacionais. Não temos problema em fazer isso”, disse o executivo em teleconferência com analistas sobre o resultado do primeiro trimestre. “Se tivermos novo aumento [de preços internacionais], seguiremos em frente. Não temos problema com isso”, completou.

O executivo explicou que a Petrobras não precisa seguir a cada momento a evolução do preço, por isso não precisa fazer ajustes diários. A empresa faz os ajustes após observar as tendências, ao invés de ajustar os preços a cada momento.

“Estamos olhando não para o preço do petróleo, mas para os preços dos combustíveis”, completou Castello Branco.

Também na teleconferência, o diretor de desenvolvimento da produção e tecnologia da Petrobras, Rudimar Lorenzatto, afirmou que o corte dos investimentos previstos para 2020, de US$ 12 bilhões para US$ 8,5 bilhões, não afeta a entrada em operação dos projetos de curto prazo.

Perspectiva para a demanda

A Petrobras prevê uma recuperação completa da demanda por diesel e gasolina no terceiro e quartos trimestres, afirmou na teleconferência a diretora de refino e gás natural da companhia, Anelise Lara.

Segundo o diretor de logística da empresa, André Chiarini, os estoques de petróleo e derivados da companhia estão sob controle.

Anelise acrescentou que a companhia espera assinar os contratos de venda das refinarias no primeiro trimestre de 2021. Ela reafirmou que espera receber as ofertas vinculantes pelos ativos no segundo semestre deste ano. Mais cedo, também na teleconferência, ela disse que o valor das refinarias que estão em processo de venda não deverá ser afetado pela queda do preço do petróleo.

A diretora de finanças e relações com investidores da petroleira, Andrea Almeida, que também participou do encontro virtual, disse não prever que a empresa atinja o patamar dos covenants com o BNDES, de 5,5 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda. Ela, no entanto, explicou que a empresa possui um documento preparado caso precise solicitar um “waiver” (renúncia de cláusulas do contrato de empréstimo) ao banco.

 

Fonte: Valor Econômico - 15/05 

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