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Petróleo fecha sem direção única, com queda dos estoques nos EUA e furacão

27 de Agosto de 2020

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Os preços futuros do petróleo fecharam a quarta-feira (26) perto da estabilidade e próximos dos maiores níveis desde o mês de março, com os investidores monitorando a queda nos estoques semanais dos Estados Unidos e a situação do furacão Laura, que forçou a paralisação de grande parte da produção de petróleo do Golfo do México.

Na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), os contratos futuros mais ativos do West Texas Intermediate (WTI), para outubro, terminaram o dia em ligeira alta de 0,08%, a US$ 43,39 o barril. Os preços do Brent para entrega no mesmo mês recuaram 0,48%, a US$ 45,64 o barril na ICE, em Londres.

O Bureau de Segurança e Fiscalização Ambiental estimou, ontem, que 84,3% da atual produção de petróleo no Golfo do México foi fechada, junto com cerca de 60,9% da produção de gás natural.

Mais de 45% da capacidade total de refino de petróleo dos EUA está localizada ao longo da Costa do Golfo, de acordo com a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês). A Reuters informou que refinarias que produzem gasolina e óleo diesel planejam paralisar nove instalações que processam quase 2,9 milhões de barris por dia de petróleo, ou 14,6% da capacidade total dos EUA.

Segundo o Centro Nacional de Furacões informou nesta quarta, está previsto que o furacão Laura atinja a categoria 4 e tenha proporções catastróficas. A previsão é que ele produza tempestades com “risco de vida”, ventos extremos e inundações repentinas no leste do Texas e Louisiana ainda nesta quarta-feira.

A capacidade de o petróleo manter seus ganhos de preço "vai ​​depender do nível de dano e de quanto tempo levará para as instalações voltarem a funcionar", afirmou Craig Erlam, analista-sênior de mercados da Oanda, em uma nota. “Não temos visto um aumento tão grande nos preços do petróleo como poderíamos ter visto, mas este não é exatamente um mercado com oferta insuficiente”, ponderou

A grande questão é se o furacão Laura "causará danos duradouros às refinarias ou oleodutos" e isso é muito cedo para dizer, "mas, além da tempestade, o cenário do petróleo bruto dos EUA continua apertado", disse Phil Flynn, analista-sênior de mercado do The Price Futures Group, em uma nota.

Hoje, o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês) informou que os estoques de petróleo dos EUA caíram 4,7 milhões de barris na semana encerrada em 21 de agosto, marcando uma quinta queda semanal consecutiva. Mesmo assim, em 507,8 milhões de barris, a oferta de petróleo ainda está cerca de 15% acima da média para esta época do ano, informou o órgão.

Os dados da Administração de Informação de Energia (EIA, na silga em inglês) também mostraram que os estoques de petróleo bruto no centro de armazenamento de Cushing, Oklahoma, caíram cerca de 300 mil barris na semana.

A oferta de gasolina, por sua vez, caiu 4,6 milhões de barris, enquanto os estoques de destilados aumentaram 1,4 milhão de barris.

 

Fonte:  Valor Econômico - 25/08

 

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