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Petróleo fecha sem direção única, com queda nos estoques dos EUA

20 de Agosto de 2020

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Os futuros do petróleo fecharam a quarta-feira (19) próximos da estabilidade, após os estoques semanais do governo americano terem apontado uma queda menor do que a esperada nos estoques de petróleo, mas um declínio maior do que o previsto na oferta de gasolina.

Os investidores também monitoram um painel da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e seus aliados (conhecidos pela sigla de Opep+), em que autoridades recomendaram que os aliados cumpram os cortes de produção para proteger a recuperação dos preços da commodity, num cenário ainda incerto para a demanda global.

Os contratos futuros do Brent para o mês de outubro encerraram em queda de 0,19%, negociados a US$ 45,37 o barril, na ICE, em Londres. Já os preços do West Texas Intermediate (WTI) para entrega em setembro subiram 0,09%, a US$ 42,93 o barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

Os estoques americanos de petróleo caíram em 1,632 milhão de barris na semana passada, para 512,452 milhões de unidades, de acordo com dados divulgados hoje pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês). A queda foi menor do que a expectativa dos analistas consultados pelo "Wall Street Journal", de queda de 2,7 milhões de barris no período.

Os estoques de gasolina também encolheram, recuando em 3,322 milhões de barris, com a redução superando a expectativa, de queda de 1,2 milhão de unidades. As reservas de destilados — que incluem diesel e óleo para calefação — subiram o equivalente a 152 mil unidades, contrariando a expectativa, de queda de 500 mil.

Demanda

O petróleo esteve sob pressão depois que o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) divulgou, na terça-feira (18), um aumento nos estoques de gasolina, o que seria um sinal de baixa demanda na reta final da temporada de verão.

No cenário global da demanda de petróleo, o Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial da Opep + enfatizou a necessidade de seguir rigorosamente seus planejados cortes na produção de petróleo para evitar que a recuperação do mercado seja prejudicada pelo ressurgimento do novo coronavírus.

Segundo a agência Bloomberg, o ministro da Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, e seu colega russo, Alexander Novak, celebraram a recuperação dos preços e da demanda do petróleo, mas pediram repetidamente aos seus aliados que não diminuam as restrições à produção.

“Embora a decisão de já aumentar a oferta novamente a partir de agosto pareça prematura, em vista dos riscos do lado da demanda, não deve haver um novo excesso de oferta se os países que produziram mais petróleo do que o acordado de maio a julho compensarem sua 'superprodução', mantendo os cortes até setembro”, afirmou Eugen Weinberg, analista do Commerzbank, em nota.

 

Fonte:  Valor Econômico – 19/08

 

 

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