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Petróleo salta mais de 20% desde mínimas de dezembro

10 de Janeiro de 2019

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Os preços do petróleo dispararam nesta quarta-feira (9), com o WTI saltando mais de 5% apenas hoje e entrando em “bull market”, com alta acumulada de pelo menos 20% desde as mínimas de dezembro. O Brent também entrou em “bull market”.

A expectativa de redução de oferta ‒ fortalecida desde que foram publicadas notícias de que a Arábia Saudita estaria prestes a diminuir suas exportações do óleo para dar suporte ao Brent ‒ tem se somado nesta semana ao otimismo de que EUA e China chegarão a algum acordo comercial.

Em Nova York, o petróleo WTI (fevereiro) fechou em alta de 5,18%, a US$ 52,36 o barril. Com isso, o contrato acumula alta de 23% desde a mínima de 24 de dezembro. Dessa forma, oficialmente, o petróleo WTI entra em período altista (“bull market”, no jargão do mercado), que é considerado um indicador técnico positivo e pode preparar o mercado para mais altas.

Em Londres, o Brent (março), referência global da commodity, valorizou 4,63%, a US$ 61,44 o barril. Com o movimento de hoje, o Brent acumula ganho de quase 22% desde a mínima de dezembro.

“O petróleo [WTI] está disparando acima de US$ 50 com forte apoio da Arábia Saudita”, diz Jay Hatfield, gestor do InfraCap Active MLP ETF, com US$ 500 milhões em ativos sob cuidados.

Produção dos EUA

O salto do petróleo hoje se manteve a despeito de um relatório de estoques mostrar queda menor na disponibilidade da commodity nos EUA. Dados do Departamento de Energia americano revelaram que os estoques caíram em apenas 1,7 milhão na semana passada. Embora essa baixa tenha ficado em linha com as expectativas, o relatório expôs que os estoques de gasolina e destilados dispararam num total conjunto de 19 milhões de barris, muito acima das piores estimativas.

Ainda assim, “não estamos prevendo um grande aumento nos estoques no primeiro trimestre”, diz Paul Horsnell, chefe de pesquisa para commodities do Standard Chartered. Para ele, a combinação entre cortes da Opep e menor crescimento da produção nos EUA vão ajudar a equilibrar o mercado.

Valor Econômico - 09/01/2019

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