20 de Dezembro de 2017
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A nova política de preços dos combustíveis, implantada pelo governo federal, influenciou positivamente o mercado do etanol, o que provocou mudança de opção para a fabricação do biocombustível no final dessa safra. Se comparado com o segundo levantamento, realizado em agosto, houve aumento na produção de etanol de 9,3%.
Na safra 2017/18, a previsão é que Minas Gerais produza 2,7 bilhões de litros de etanol total, o que, se alcançado, representará um volume 1,9% maior ou 50,2 milhões de litros a mais na atual temporada. O volume de cana destinada à fabricação do biocombustível será de 32,9 milhões de toneladas, pequena queda de 0,8%. No levantamento anterior, a previsão era destinar 30,86 milhões de toneladas de cana para o etanol.
Com os preços mais competitivos que os da gasolina, a produção de etanol hidratado foi ampliada em 6,8% e deverá encerrar a safra em 1,67 bilhão de litros. Já a produção de etanol anidro, combustível que é adicionado à gasolina, será 5,2% menor, com a fabricação de 1 bilhão de litros.
“A produção de etanol está indo bem. O importante é que houve, durante o transcorrer da safra, uma mudança positiva do mix de cana destinado ao etanol em função do cenário mais positivo para o biocombustível. Ampliamos a produção e mostramos que quando trabalhamos com um cenário mais previsível, o que foi promovido pela nova política de preços dos combustíveis, a produção responde”, explicou Campos.
A expectativa é que o mercado para o etanol se mantenha atrativo. Além da política de preços, o setor aguarda a sanção, por parte do presidente da República, do programa Renovabio, que tem como objetivo traçar planos conjuntos para reconhecer o papel estratégico de todos os tipos de biocombustíveis na matriz energética brasileira, tanto para a segurança energética quanto para promover a redução de emissões de gases causadores do efeito estufa. A sanção deve acontecer até 3 de janeiro de 2018.
Renovabio - “A implantação do Renovabio criará um novo cenário para os combustíveis renováveis, entre eles o etanol. O projeto vai precificar as contribuições positivas que o biocombustível proporciona para a sociedade, o que será feito através do certificado de descarbonização.
Ou seja, se o consumo do etanol ajuda a descarbonizar a matriz energética do País e contribui para o meio ambiente e, isso não era precificado, agora será. Vamos vender o produto final e o crédito. Esse ponto trará uma receita adicional, importante para estimular investimentos, promover o aumento da eficiência, redução dos custos e preços mais acessíveis para os consumidores”, explicou Campos.
Fonte: Diário do Comércio – 20/12/17
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