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Polos de startups vão do Vale do Piracicaba a Cuiabá

09 de Dezembro de 2019

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Uma forma de aproximar as startups das grandes empresas no agronegócio se dá por meio de centros de inovação. Para Pedro Noce, gerente de inovação digital da Raízen - fundadora do Pulse, em Piracicaba (SP), o principal polo de agtechs do Brasil -, esses espaços ajudam as agtechs a encontrar sinergias, enquanto resolvem problemas complexos e de escala.

“Hoje temos três startups que juntas prestam serviço para nós, porque têm soluções complementares”, disse o executivo da Raízen. A companhia uniu o drone da Arpac com os planos de voo da Strider, de digitalização de processos agrícolas, e cápsulas contendo vespinhas da Agribela, especializada na aplicação de biodefensivos. Das 28 startups que estão incubadas hoje no Pulse, 26 são do agro e atuam em diferentes fases da produção de cana-de-açúcar, setor no qual a Raízen é uma protagonista.

O modelo do Vale do Piracicaba inspirou novas iniciativas no país, como o centro de inovação AgriHub Space, que vai ganhando forma no prédio da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) em Cuiabá (MT), e deve receber as primeiras startups ainda este ano. Os parceiros do projeto são a Amaggi, a distribuidora de insumos Agro Amazônia (controlada pela japonesa Sumitomo Corporation), e a empresa de sementes Tropical Melhoramento & Genética (TMG).

“O ambiente de Mato Grosso ainda é incipiente para as agtechs e com o AgriHub Space queremos facilitar a logística de quem quer trazer sua solução para o Estado e está disposto a fazer adequações para a região”, disse Otávio Celidônio, superintendente do Senar-MT.

Ao se aproximar das agtechs, os grandes grupos podem encontrar atalhos para aquisições. Nos EUA, a startup Climate Corporation foi vendida à Monsanto. No Brasil, a Syngenta comprou a Strider.

Fonte: Valor Econômico - 09/12

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