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Postos da capital já reajustaram a gasolina

07 de Dezembro de 2016

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Quando se trata de reajuste de preço, a velocidade para remarcar os valores para cima é bem mais rápida do que o inverso nos postos de combustíveis. “Mal a Petrobras anunciou o aumento e os preços já foram alterados nos postos. É um absurdo”, reclama o despachante Carlos Fabiano Mendes. Ele é um dos consumidores que ontem (6) foi abastecer o carro em um posto na Via Expressa. Ele conta que o preço do litro da gasolina passou de R$ 3,30 para R$ 3, 397.

A reportagem visitou ontem alguns postos no corredor das avenidas Tereza Cristina e Via Expressa em Belo Horizonte, conhecido pelos menores preços da capital e região metropolitana. Nos postos onde o aumento aconteceu, mas foi menor, o movimento era intenso, diferente dos estabelecimentos que praticaram aumentos mais expressivos, que chegaram a R$ 0,20.

Desde outubro, a Petrobras anunciou dois cortes no preço da gasolina. Só que o recuo no preço só começou a ser sentido pelo consumidor no fim de novembro e, mesmo assim, não foi na mesma intensidade das reduções da estatal. O litro da gasolina em novembro no corredor pesquisado era encontrado por R$ 3,30, na semana anterior, estava mais alto, chegando a R$ 3,36. Agora, o preço mais em conta é encontrado por R$ 3,397. E há postos cobrando R$ 3,597 na região.

Em Contagem, na Praça dos Trabalhadores, o preço do litro da gasolina comum é encontrado por R$ 3,599. Um dia antes, o valor cobrado era R$ 3,459. De um dia para o outro, o valor subiu R$ 0,14.

Foi na última segunda-feira (5) que a Petrobras anunciou aumento do preço do diesel nas refinarias em 9,5%, em média, e da gasolina em 8,1%. Se o ajuste feito for integralmente repassado pelos outros integrantes da cadeia do petróleo, o preço ao consumidor final, o diesel pode subir 5,5% ou cerca de R$ 0,17 por litro, e a gasolina 3,4%, ou R$ 0,12 por litro.

                      .As companhias distribuidoras aumentaram os valores dos combustíveis imediatamente, situação que não ocorreu quando estatal reduziu o preço em duas oportunidades, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo no Estado e Minas Gerais (Minaspetro), entidade que representa cerca de 4.000 postos no Estado. O sindicato se manifestou por meio de nota.

Para o presidente do Minaspetro, Carlos Guimarães, os empresários do setor, mais uma vez, estão diante de uma situação que os coloca como os vilões caso tenham que repassar a alta ao consumidor final. “Sempre somos vistos como os culpados pelo preço de combustível, enquanto o posto é o último elo na cadeia de comercialização”, frisou na nota.

(Fonte: O Tempo – 07/12)

 

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