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Postos de BH aumentam preços de olho na demanda de fim de ano

17 de Dezembro de 2019

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Alta demanda no fim do ano, pagamento do 13º e pouco movimento em janeiro são explicações para aumento nos combustíveis

Puxado pela alta demanda no fim de ano, e maior renda disponível para as famílias com o pagamento do décimo terceiro salário, postos de gasolina de Belo Horizonte elevaram o preço médio da gasolina comum em 1,67% na última quinzena, indo de R$ 4,598 em novembro para R$ 4,675 neste mês.

O etanol, que ainda é uma opção mais atrativa para o bolso do consumidor defronte aos altos preços da gasolina, ficou 3,35% mais caro no mesmo período, alcançando R$ 3,117 em média na cidade em dezembro, ante R$ 3,016 no mês anterior.

Contudo, o encarecimento dos combustíveis não deve parar por aí e a tendência é de que, até o final do ano, os valores praticados pelos postos de gasolina devem ser ainda maiores. Os dados são de uma pesquisa do site Mercado Mineiro, divulgada nesta segunda-feira (16).

O estudo aponta, também, que a tendência de crescimento nos preços do etanol e da gasolina não é uniforme em Belo Horizonte.

Locais onde o combustível costuma ser mais barato, como as regiões do Barreiro e Leste, em que os preços praticados estão abaixo da média para os dois tipos de combustível, registraram maiores aumentos percentuais do que na região Centro-Sul, onde os valores são mais caros.

O Etanol, no Barreiro, avançou 4,07%, por exemplo, enquanto a gasolina encareceu 1,82% na região Leste. No Centro-Sul, por outro lado, a variação foi de 1,56%, abaixo da média para a cidade. 

A principal causa dos aumentos, explica Feliciano Abreu, coordenador do Mercado Mineiro, é a demanda no fim de ano, quando a população costuma abastecer mais para viagens, ou passeios nas festividades de Natal e Ano-Novo.

Também, o aumento da renda das famílias devido ao pagamento do décimo terceiro salário e a baixa movimentação nos estabelecimentos em janeiro, que tentam compensar o baixo faturamento no início do ano em dezembro, também entram na equação cujo resultado é o encarecimento do combustível para o consumidor. 

“A tendência é aumentar ainda mais até o final do ano. A própria gasolina, com os altos preços, deu espaço ara o etanol subir. Apesar disso, de maneira geral, ele ainda é o mais viável para a população”, afirma Abreu. 

Além do avanço nos preços, a forma de pagamento nos postos pode pesar ainda mais no bolso do consumidor. Alguns estabelecimentos, por exemplo, cobram taxas extras para pagamento com cartão de crédito.

É o que conta o pedreiro Marinaldo José Henrique, que sempre abastece sua moto com gasolina aditivada e costuma pagar R$ 0,10 a mais pelo litro do combustível quando não paga com débito.

“É frustrante, né? Vemos aumento na alimentação, o décimo terceiro não acompanha a taxa de juros do país e ainda tem a taxa extra. Daqui a pouco é apelar para o transporte público em BH, que também está um absurdo”, desabafa. 

Pesquisa

O site Mercado Mineiro pesquisou preços de gasolina e etanol em 50 postos na região metropolitana de BH entre os dias 12 e 13 de dezembro de 2019.

Fonte: Jornal O Tempo – 17/12

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