23 de Outubro de 2018
Notícias
Após uma sequência de quedas, o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras atinge nesta terça (22) o menor valor desde o dia 25 de agosto. Em um mês, desde que os preços começaram a cair, a redução acumulada é de 8,3%.
O consumidor, porém, ainda não está sendo beneficiado: segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço médio da gasolina nos postos brasileiros subiu 1,5% no mesmo período.
O atual ciclo de queda no preço foi iniciado no dia 25 de setembro, depois que a gasolina atingiu o maior valor desde que a Petrobras passou a divulgar preços diários (R$ 2,2514 por litro), em julho de 2017.
Desde então, foram sete sete reduções no preço do combustível, acompanhando a valorização do real frente ao dólar no período —entre 25 de setembro e esta segunda (22), o dólar ficou R$ 0,40 mais barato.
A política de preços da Petrobras é baseada em uma fórmula que considera as cotações internacionais dos combustíveis, o câmbio e custos para importar os produtos.
A estatal passou a ser questionada após escalada de preços no início do ano, que culminou com a greve dos caminhoneiros que paralisou o país por duas semanas.
Para encerrar a greve, o governo decidiu subsidiar o preço do óleo diesel, com desconto de R$ 0,30 por litro no preço de venda das refinarias e corte de R$ 0,16 por litro nos impostos federais.
A gasolina, porém, continuou acompanhando as cotações internacionais. No dia 6 de setembro, a Petrobras autorizou sua área comercial a segurar reajustes por até 15 dias. Ainda assim, o preço bateu recorde no dia 14 daquele mês.
Margens
Os dados da ANP mostram que a onda recente de cortes nos preços ainda não chegou às bombas. Na semana passada, o litro da gasolina era vendido nos postos brasileiros, em média, a R$ 4,725.
É praticamente o mesmo do que os R$ 4,722 da semana anterior e 1,5% superior ao verificado na semana encerrada no dia 22 de setembro, antes do início dos cortes promovidos pela Petrobras. No ano, a alta acumulada é de 11%, já descontada a inflação.
De acordo com a pesquisa da ANP, não houve repasses nem por parte das distribuidoras - cujo preço subiu de R$ 2,229 para R$ 4,28 por litro no período - nem dos postos - a margem de lucro de revendedores cresceu R$ 0,022 por litro.
Folha de São Paulo - 23/10/18
Veja também
24 de Abril de 2024
Evento do MBCB destaca potencial da descarbonização da matriz energética brasileiraNotícias
24 de Abril de 2024
WD Agroindustrial promove intercâmbio cultural em aldeia indígena para celebrar o dia dos povos origináriosNotícias
24 de Abril de 2024
Raízen encerra safra 2023/24 com moagem recorde de 84,2 milhões de toneladasNotícias