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Preço dos combustíveis sobe em junho com repasses de refinarias e maior circulação

14 de Julho de 2020

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Os preços da gasolina, etanol e diesel registraram avanços em junho na comparação com maio, impulsionados por repasses de altas nas refinarias, conforme levantamento da Ticket Log divulgado nesta segunda-feira (13).

De acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), junho foi o primeiro mês do ano a apresentar altas para os três principais combustíveis, em meio a uma flexibilização gradual de quarentenas contra a Covid-19 em algumas regiões do Brasil.

A gasolina, que em maio era encontrada por 4,005 reais por litro, foi vendida em junho ao preço médio de R$ 4,151, alta de 3,63%.

O etanol fechou o mês passado com valor médio de R$ 3,320 por litro, incremento de 3,59% em relação a maio, quando era comercializado a R$ 3,206.

Já o diesel, combustível mais utilizado do Brasil, apresentou aumento de 1,38% em junho.

A gasolina foi o único combustível com elevação em todos os Estados brasileiros, enquanto os demais chegaram a registrar queda em alguns locais, apesar do movimento geral de alta em todas regiões, disse a análise.

“O aumento no preço dos combustíveis já estava previsto como reflexo gradativo, nas bombas, do repasse de alta às refinarias que aconteceu em maio”, disse o chefe de Mercado Urbano da Edenred Brasil, Douglas Pina.

Desde 7 de maio, a Petrobras realizou oito reajustes de preços da gasolina vendida em suas refinarias. Com isso, o valor do combustível vendido pela estatal acumulou alta de mais de 80% frente ao patamar mais baixo do ano, verificado no final de abril (0,9160 real/litro), conforme acompanhamento dos dados feito pela Reuters.

“A partir do último mês também começamos a perceber uma flexibilização maior da quarentena em muitas cidades brasileiras, com isso temos mais veículos em circulação, o que torna mais perceptível esse aumento (de preços) para os motoristas”, acrescentou Pina.

Na análise por região, a gasolina mais cara do país em junho foi vendida no Sudeste, por R$ 4,198 por litro, um aumento de 2,97%. Em maio, os maiores preços haviam sido

registrados no Nordeste.

Já a menor cotação para o combustível foi registrada nas bombas do Sul, por R$ 3,940 por litro, porém com o maior aumento nacional, de 4,7%.

No etanol, o produto mais barato foi comercializado no Centro-Oeste, por R$ 2,896 por litro, avanço 2,26% na variação mensal, enquanto a região Norte ainda manteve a liderança com o maior preço médio para o etanol, de R$ 3,568 por litro, alta de 0,59% ante maio.

No diesel, a região Norte seguiu a linha apontada em maio e manteve o combustível mais caro do país, com média de R$ 3,543 por litro, ante os 2,956 reais da região Sul.

O IPTL é um índice mensal de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 18 mil postos credenciados da Ticket Log, com cerca de 1 milhão de veículos administrados pela marca e média de oito transações por segundo. (Reuters)

 

Fonte: Diário do Comércio - 14/07

 

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