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Preços do petróleo sobem após queda de drone dos EUA no Irã; mercados sobem após Fed

21 de Junho de 2019

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Os preços do petróleo saltaram mais de 3% nesta quinta-feira (20) depois que o Irã abateu um drone dos EUA, aumentando os temores de um confronto militar entre Teerã e Washington.

Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 1,40, para US$ 63,22 por barril, devido às tensões no Oriente Médio e sinais de melhora na demanda nos Estados Unidos.

 A queda foi no Estreito de Ormuz, passagem importante na rota de petroleiros que saem do Oriente Médio e foi o local onde navios foram atacados no último mês. O drone não era de ataque, mas, sim, de vigilância.

 O drone entrou no espaço aéreo iraniano de madrugada e sobrevoava uma região no sul do país, disse a Guarda Revolucionária, o corpo de elite do exército do Irã que derrubou o drone.

 Bolsas sobem e dólar cai

 Os mercados acionários mundiais subiram nesta quinta-feira (20), depois que o Federal Reserve (BC dos EUA) sinalizou que deve cortar as taxas de juros no mês que vem.

O Fed sugeriu na quarta-feira que os cortes de juros devem começar no próximo mês, dizendo que está pronto para agir diante dos crescentes riscos econômicos.

 O MSCI World Equity Index, que acompanha ações em 47 países, ganhou 0,5% nas perspectivas de novos estímulos, rumo ao terceiro dia de ganhos. O Euro STOXX 600 subiu 0,6% para as altas de seis semanas. Os futuros de Wall Street indicaram que as ações norte-americanas deviam abrir com alta de 0,8% a 1,2%.

 Na Ásia, o índice mais amplo da MSCI para as ações da Ásia-Pacífico fora do Japão subiu 1,4%, liderado pelos ganhos na China. Na véspera, o dólar caiu pelo mundo e os títulos de referência dos EUA e da zona do euro recuaram após a decisão do Fed.

 O sinal da taxa do Fed veio antes das reuniões nos principais bancos centrais da Ásia e da Europa, que deveriam sinalizar movimentos semelhantes. O Banco Central Europeu e o banco central australiano haviam sinalizado no início desta semana que mais estímulo político era necessário.

 “Torna-se uma corrida para o fundo dos mercados de taxas globais, uma corrida para o fundo do câmbio”, disse à Reuters Peter Chatwell, diretor de taxas da Mizuho.

 “A grande preocupação com tudo isso é que os bancos centrais se tornaram um pouco confiantes, talvez excessivamente confiantes, em sua capacidade de afinar coisas como inflação e crescimento”, disse Kevin Gardiner, estrategista de investimento global da Rothschild & Co.

 Guerra comercial

 Os riscos geopolíticos em outros lugares persistiram, embora tenha havido esperanças de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China. As duas maiores economias do mundo impuseram tarifas cada vez mais severas sobre as importações umas das outras.

Autoridades chinesas e norte-americanas realizarão negociações comerciais seguindo instruções de seus líderes, informou o Ministério do Comércio da China na quinta-feira, acrescentando que Pequim espera que Washington crie as condições necessárias para o diálogo.

Christophe Barraud, economista-chefe da Market Securities em Paris, disse que os mercados acionários até agora praticamente se esquivaram da guerra comercial. Ele alertou que eles poderiam sofrer se os indicadores econômicos piorarem no segundo semestre do ano.

Fonte: Estado de São Paulo – 21/6

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