17 de Junho de 2020
Notícias
Em entrevista para a rádio globo play, o Dr. Manoel Mário de Souza Barros, presidente da comissão de direitos do agronegócio da OAB/MG, fez uma análise do programa RenovaBio, abordando as expectativas para a nova política nacional de biocombustíveis, a importância do etanol, biodiesel e biogás na matriz energética nacional, novos investimentos e aumento da empregabilidade do setor.
O Brasil é o novo protagonista mundial em políticas ambientais com instalação do RenovaBio e enfrenta a partir de agora o maior desafio imposto às nações, das próximas décadas, que é fazer a migração da matriz energética, trocando os combustíveis fósseis por fontes alternativas, e com isso atingir as metas de diminuição das emissões de gases poluentes assumidos no acordo de Paris.
O RenovaBio entrou em vigência em janeiro deste ano, no mês de abril, com o isolamento social, devido a pandemia do novo coronavírus, houve uma queda enorme na circulação de veículos e pudemos ver a diminuição dos índice de poluição do ar. Para Manoel Mário, o que aconteceu na pandemia foi um exemplo claro do que precisa ser mudado e repensado. “Essa é a importância de se falar no etanol, que passou a ser o combustível sustentável, um exemplo de sustentabilidade no país”, destaca.
Segundo Barros, a responsabilidade e a eficiência do agronegócio colocaram o Brasil na vitrine mundial, “O RenovaBio veio com objetivo de ser um marco regulatório no setor de biocombustíveis com regras claras e de longo prazo, com o potencial de gerar investimentos de meio trilhão de reais até 2030, que é o ano estabelecido para o funcionamento pleno do projeto. Existe uma perspectiva de investimentos nacionais e internacionais para o etanol, biodiesel e biogás, que vão impulsionar o desenvolvimento tecnológico e melhorar significativamente a produtividade de combustíveis renováveis, nos motores e nos equipamentos com o uso de biocombustíveis”, relata.
O programa foi elaborado pelo conselho nacional de política energética com apoio de praticamente todos os setores envolvidos na produção e distribuição de biocombustíveis. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (MME), a expectativa é de ampliar a oferta anual para 44 bilhões de litros de etanol e 18 e bilhões de biodiesel no país. Outro fator de destaque é que mesmo com a pandemia existe uma projeção do aumento de 1 milhão de empregos nas lavouras relacionadas a produção desses biocombustíveis.
Questionado sobre o impacto do governo na eficiência do programa em um cenário de crise política, social e econômica, ele diz que existem esforços por parte do governo para auxiliar as frentes do agronegócio que nesse momento de crise, tem conseguido se manter de pé.
Fonte: Gerencia de Comunicação da Siamig – 17/06
Veja também
18 de Abril de 2024
Futuro do setor bioenergético brasileiro é tema de debate da Revista CanaOnlineNotícias
18 de Abril de 2024
Brasil apoia iniciativa indiana para sediar Aliança Global de BiocombustíveisNotícias
18 de Abril de 2024
Produtores brasileiros de etanol podem ser os primeiros beneficiados da indústria de SAFNotícias