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Produção de etanol mais cara

22 de Agosto de 2017

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O reajuste das alíquotas do PIS e Cofins como forma de recompor a arrecadação prejudicou o consumidor, mas também as usinas de etanol, tirando a competitividade do setor. Mesmo com a anunciada revisão dos valores do reajuste em relação ao etanol, devido ao erro de cálculo do governo, haverá um aumento nos custos de produção.

Isso porque, segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Fabricação do Álcool de Minas Gerais (Siamig), Mario Campos, são consumidos pelo menos 4 l de óleo diesel por tonelada de cana moída, além do usado o transporte da cana moída para a unidade industrial e aos postos, o que inevitavelmente elevará os custos para a indústria.

Para cobrir o rombo no orçamento, o governo só pensou no reajuste dos produtos, mas o principal efeito que conseguiu até agora com a medida foi a diminuição do consumo, reclama Mario Campos. No caso do etanol, um erro do governo obrigou os técnicos da Receita Federal a refazerem os cálculos. Pela legislação, o valor máximo de alíquota do etanol não pode ultrapassar o valor de R$ 0,24 por litro.

Isso porque as alíquotas para a contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins não devem ser superiores a 9,25% do preço médio de venda no varejo do etanol, apurado de forma ponderada, com base no volume comercializado em cada estado e no Distrito Federal nos 12 meses anteriores.

O reajuste pensado inicialmente pelo governo elevou a cobrança para R$ 0,33. Com a revisão, o etanol pode se tornar mais competitivo, segundo Mario Campos, mas ainda tem um longo caminho pela frente.

Os empresários aguardam a edição da medida provisória do programa Renovabio, de descarbonização e eficiência, para criar um mercado de carbono e incentivar o uso do combustível renovável. Campos lembra que os empresários estão preocupados com a queda de 25% no preço do açúcar no mercado externo, este ano, que poderá ser compensado com um aumento no consumo de etanol.

(Fonte: Viver Brasil)

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