23 de Abril de 2018
Notícias
O mais recente dado divulgado pelo Pecege concluiu que o produtor de cana-de-açúcar desembolsou, na safra 2017/18, a média de R$ 7.282,04 por hectare para renovação do canavial, valor 3,69% menor que os R$7.562/ha da safra anterior. O estudo considerou a realidade de 33 amostras do Centro-Sul.
Essa redução acontece após um aumento de 11,73% entre as safras 2015/16 e 2016/17. Esse tipo de flutuação nos custos de produção, contudo, é comum para o setor. De 2014/15 a 2015/16, por exemplo, os custos para renovação de canavial tiveram uma redução de 1,38%, logo após um aumento de 11,65% entre 2014/15 e 2015/16.
O valor médio de 2017/18 fica próximo ao máximo financiado, de R$ 7.265, pelo BNDES dentro do Programa do de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais (ProRenova), que teve vigência até 31 de dezembro de 2016.
Custos concentrados nos insumos
A pesquisa aponta que esse não é um valor cravado, pelo contrário: de acordo com as análises, as particularidades dos insumos usados e as práticas de plantio adotadas pelo produtor fazem com que o preço varie entre R$ 5.939,31 e R$ 9.054,49 por hectare.
No relatório divulgado, sob a responsabilidade técnica do professor João Rosa, entram na conta três estágios de produção – os gastos com preparo do solo, o plantio (incluindo a muda) e os tratos da cultura da cana-de-açúcar. Considerando essas três etapas, 23,62% do investimento vai para o preparo do solo, 65,60% para plantio e 10,78% para os tratos da planta.
Já levando em conta todos os fatores de produção, segundo o estudo, os insumos são o principal ponto de atenção do produtor, afinal, correspondem a pouco mais de 48% dos custos para a formação do canavial, com R$ 3.556,51/ha. Especificamente, os insumos de solo (adubação), com o investimento conjunto em corretivos e fertilizantes, custam a média de R$ 1.046,52/ha, ou seja, 30% das despesas com insumos.
Além disso, cerca de 25% do total investido na renovação do canavial vai para a muda (pouco mais de 45% do custo com insumos). Entretanto, em algumas regiões, o impacto pode chegar a 35% dos custos totais.
Segundo o estudo, esse é o caso principalmente quando o plantio é feito de forma mecanizada, ocasião em que podem ser usados até 22 toneladas de mudas por hectare. Isso ocorre porque o plantio manual distribui melhor a cana nos sulcos, gerando um maior aproveitamento das mudas.
Fonte: NovaCana – 19/04/2018
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