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Rabobank corta previsão de superávit global de açúcar em 2018/19 para 500 mil t

20 de Dezembro de 2018

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O Rabobank cortou sua previsão de superávit global de açúcar na safra 2018/19 (outubro a setembro) para apenas 500 mil toneladas, de 4,5 milhões em previsão anterior, devido a revisões para baixo nas perspectivas de produção em importantes áreas produtoras, como Índia, Tailândia e União Europeia.

O corte na estimativa do Rabobank se segue ao realizado pela Organização Internacional do Açúcar (OIA) e por outras consultorias do setor. Algumas, como a Datagro, apostam até em um pequeno déficit na oferta do adoçante.

Um cenário de disponibilidade apertada poderia dar suporte adicional às referências internacionais do açúcar, que neste ano chegaram a tocar mínimas em uma década por causa da ampla oferta e de movimentos cambiais no Brasil.

A produção da Índia, atingida neste ano por algumas adversidades climáticas e ataques de larvas nos canaviais, foi reduzida para pouco mais de 30 milhões de toneladas.

Para a Tailândia, a previsão é de uma fabricação de 14,4 milhões de toneladas do adoçante, ante 15,7 milhões no ciclo anterior, enquanto na União Europeia a tendência é de que a produção fique em 18,1 milhões de toneladas, após 19,1 milhões na temporada passada. Quanto ao Brasil, o Rabobank afirmou que a produção do centro-sul tende a cair para algo próximo a 26 milhões de toneladas, de 36 milhões no ano anterior, com as usinas da principal região produtora de cana do país focadas na fabricação de etanol.

O banco avaliou que os produtores brasileiros só voltarão a intensificar a oferta de açúcar no próximo ano se os preços forem para os 14 centavos de dólar por libra-peso, considerando-se um barril de petróleo a 60 dólares e o dólar no país a 3,80 reais.

Atualmente, contudo, as cotações da commodity têm oscilado entre 12 e 13 centavos de dólar por libra-peso.

Último Instante - 19/12/2018

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