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Reajustes da Petrobras já têm reflexos nos postos de Belo Horizonte

24 de Setembro de 2019

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O preço médio da gasolina subiu 0,76% em Belo Horizonte e na região metropolitana na última semana, de R$ 4,463 para R$ 4,497, de acordo com pesquisa do Mercado Mineiro feita entre 19 e 21 de setembro. O levantamento foi feito após a Petrobras anunciar aumento de 3,5% no valor do combustível nas refinarias, devido à alta do petróleo causada por ataques a instalações petrolíferas na Arábia Saudita.

A maior elevação foi detectada nos postos de Contagem, na região metropolitana, onde a gasolina ficou 1,63% mais cara e passou para R$ 4,487, na média, ante R$ 4,415 no dia 6 de setembro. Na região Leste da capital, a alta foi de 1,41%. “A gasolina subiu mais nos lugares onde ela estava mais barata antes. Por isso os postos tiveram espaço para aumentar muito e nivelar com outras regiões. Quando lugares mais baratos começam a nivelar com o mercado, a tendência é de mais aumento nos dias seguintes”, afirma o diretor do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu. Ele lembra que, antes dos atentados, o preço da a gasolina estava em queda.

O valor do combustível varia até 15,61% entre os postos, de R$ 4,324 a R$ 4,999. Segundo Abreu, é importante comparar antes de abastecer. “Os aumentos vão continuar, principalmente porque ainda não foram repassados na integralidade para o consumidor. Mas eles podem ser segurados de alguma forma se as pessoas pesquisarem bastante”, diz. A variação é grande até na mesma região: a reportagem esteve ontem na avenida Amazonas, na região Oeste da capital, e encontrou a gasolina sendo vendida a R$ 4,42 e a R$ 4,79 em postos vizinhos.

O diesel subiu, em média, 2,72% na última semana. “O aumento do óleo faz com que as transportadoras repassem nos transportes dos produtos, então vamos sentir inflação em supermercado, carnes e outros itens”, diz Abreu.

Preferência

Com a gasolina em alta, os consumidores estão optando cada vez mais pelo etanol. Segundo a pesquisa, o preço médio é R$ 2,817, o que corresponde a 63% do valor da gasolina. O motorista de aplicativo Rodney Alves de Freitas, 29, gasta quase metade do que recebe com combustível e passou a abastecer somente com etanol. “Por semana, gasto R$ 300 com combustível, e só aumenta. Não tem como trabalhar com gasolina, o valor está muito alto”, diz.

O presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, diz que, antes do reajuste da gasolina, a demanda por etanol já estava grande. “As usinas já vinham vendendo muito em função da competitividade, e, com o aumento anunciando para a gasolina, há um olhar maior para o etanol”, pontua. Segundo ele, na entressafra, que vai de dezembro a março, deve haver aumento nos preços do combustível.

Fonte: O Tempo – 24/9

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