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Resíduos elevam receitas no etanol de milho

12 de Dezembro de 2017

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Dado da semana passada do governo americano indica que a demanda externa por DDGS (sigla em inglês para o resíduo que fica após a industrialização do milho para a produção de etanol e que é rico em proteína e importante na fabricação de ração) é tão grande que o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) elevou a projeção de receitas com a exportação do agronegócio em 2018 devido a esse produto.

As exportações de grãos e de rações deverão atingir US$ 29,4 bilhões no ano fiscal de 2018, segundo o Usda. O valor é US$ 1 bilhão acima do previsto em agosto.

Só as rações vão atingir US$ 7,5 bilhões no período. Em volume, serão 23 milhões de toneladas. Os americanos destinam um terço da safra de milho -próxima de 360 milhões de toneladas- para a produção de etanol.

O milho entra cada vez mais na pauta de produção de grãos do Brasil. Na safra 2017/18, a safra deverá atingir 93 milhões de toneladas. 

Um dos destaques é Mato Grosso, que, apesar de líder na produção, tem baixa demanda pelo cereal.

A produção de etanol de milho no Centro-Oeste abasteceria parte do consumo de combustível da região, evitando o trânsito do produto pelo país.

Além disso, os resíduos seriam destinados tanto às empresas que se dedicam à produção de carnes no país como ao mercado externo.

A demanda externa vem crescendo, principalmente por parte da China, que eleva a produção de proteínas, mas tem dificuldades na expansão da produção de grãos.

O resultado financeiro do DDGS seria importante também para as indústrias processadoras brasileiras. A venda desses produtos representa 20% do faturamento das usinas do Estado de Iowa, nos Estados Unidos, de acordo com acompanhamento mensal da Iowa State University.

O faturamento bruto das usinas é de US$ 1,71 por galão produzido. Desse valor, US$ 1,36 é da venda de etanol e US$ 0,35 da venda de DDGS.

A produção brasileira de etanol de milho soma 235 milhões de litros nesta safra na região centro-sul. A de etanol de cana atingiu 24,5 bilhões de litros, segundo a Unica.

Fonte: Folha de S. Paulo – 12/12/17

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