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Retomada de imposto faz etanol subir 3% em Belo Horizonte

16 de Janeiro de 2017

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Na primeira semana deste ano, o litro do combustível teve alta média de R$ 0,08 nos postos da capital mineira, de acordo com pesquisa realizada pelo Mercado Mineiro e, no comparativo com a gasolina, o preço alcança 78%, em média.

O ajuste no preço de quase 3% é consequência direta do fim da isenção dos impostos federais PIS/Cofins sobre o combustível derivado da cana-de-açúcar, no último dia 31 de dezembro.

Com a retirada da isenção, as distribuidoras devem recolher R$ 0,12 por litro de etanol para PIS/Cofins, mas decidiram não repassar integralmente o valor para o consumidor.

Na opinião do presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Ferreira Campos Filho, o aumento não foi repassado por completo por escolha das distribuidoras. 

“O mercado está muito ruim, por causa da crise financeira. As ruas de Belo Horizonte estão vazias. Então, isso é coisa do mercado”, avalia o secretário-executivo. 

A lei federal 12.859 de 2013 concedeu aos importadores e produtores de álcool um crédito para abatimento de valores durante a comercialização, e tinha data para terminar.

No entanto, representantes do setor tentaram a prorrogação da isenção, mas o governo federal não atendeu ao pedido. Atualmente, o setor está na entressafra da cana-de-açúcar, e a situação deve se manter pelo menos até abril, quando começa a colheita. 

Para o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Bráulio Chaves, o aumento da carga tributária é sempre muito “traumático” no mercado de combustíveis.
 
“Isso eleva o preço final do produto ao consumidor, que acaba perdendo poder de compra”, aponta o diretor.

Ele confirma que o aumento das distribuidoras foi integralmente repassado para as bombas nos postos de combustíveis.

(Fonte: Hoje em Dia – 14/01)

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