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Segmento de biogás está com boas perspectivas diante dos projetos anunciados

01 de Novembro de 2019

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O presidente da SIAMIG, Mário Campos, participou, ontem, como debatedor do 6º Forum de Biogás, que termina hoje em São Paulo, realizado pela Associação Brasileira de Biogás, e conta com a presença de várias empresas associadas, representantes do agronegócio e produtores de equipamentos. Um dos destaques foi a discussão sobre a perspectiva gerada para o setor com o lançamento pelo governo federal do “Novo Mercado do Gás” em julho deste ano.

De acordo com Mário Campos, os debates giraram em torno da possibilidade de se montar uma estratégia para o setor baseada no programa “Novo Mercado do Gás”, utilizando o gás do pré-sal, que abastecerá os empreendimentos, residências e até veículos no litoral do país. Já o interior seria atendido pelo biometano, proveniente dos resíduos do setor sucroenergético (vinhaça, torta de filtro e bagaço), resíduos de animais e do saneamento básico (esgoto e aterro sanitário).

Já estão no radar deste setor, também, projetos como o anunciado pela Scania, em setembro deste ano, do início da produção de caminhões movidos a biometano na fábrica de São Bernardo do Campo no primeiro trimestre de 2020. Além de outro importante projeto que é a parceria entre o governo do estado de São Paulo e as empresas GasBrasiliano e Usina Cocal para produção de biometano nos municípios de Presidente Prudente e Pirapozinho, para abastecimento de empresas, residências, além de veículos leves e pesados.

Mário Campos ressaltou que o setor sucroenergético tem tradição da produção de açúcar e etanol, porém, é preciso ter um bom planejamento do modelo de negócios associados para desenvolver investimentos em biometano.  “Essa seria mais uma área que iria competir com outros investimentos como bioeletricidade, ampliação da planta, etanol de milho. Há necessidade de muito diálogo e uma aproximação maior desse segmento com o setor, apresentando a tecnologia e os avanços efetivos que vêm ocorrendo”, destacou.

A produção de biometano é interessante para o setor sucroenergético, segundo Mário Campos, pois poderia se usar o insumo em substituição ao diesel em toda a estrutura de logística e melhorar a nota no Renovabio (Programa Nacional de Biocombustíveis). “As usinas que passarem a usar o biogás em substituição ao diesel têm grandes chances de melhorar sua nota no programa e poderia chegar a ter uma situação de carbono neutro, ou seja, uma produção sem emissão de carbono”, destaca Campos.

Fonte: Gerência de Comunicação da SIAMIG – 1/11/19

 

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