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Setor de biodiesel prevê recuperação neste ano

11 de Janeiro de 2017

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O aumento do percentual de biodiesel no diesel comum – de 7% para 8%, em 2017 – deverá reverter a retração de consumo no ano passado, segundo a Aprobio, que reúne empresas do setor.

A produção deverá subir cerca de 8%, afirma o presidente da associação e da produtora BSBIOS, Erasmo Battistella. Com uma retomada da economia, porém, a alta poderá chegar a até 12%.

A mudança da proporção é determinada por lei, aprovada em 2016. Até março de 2019, a taxa será de 10%.

A alta vem em boa hora: em 2016, a queda de consumo é projetada em cerca de 4%, indicam dados da ANP. A ociosidade do setor é hoje de 50%.

"Neste ano, o problema da ociosidade não será solucionado, mas deverá diminuir em 15%", diz o executivo.

No caso da BSBIOS, que em 2016 teve a maior participação nas entregas do combustível, a taxa está abaixo dos 10%, segundo Battistella. Os investimentos da empresa, porém, não deverão ser retomados em 2017.

"Vamos aguardar o mercado dar sinais de retomada para voltar a expandir."

                            . A produção mensal de biodiesel atingiu o maior volume de 2016 em outubro, com 351 mil m³. No acumulado do ano, a produção atingiu 3.194 mil m³, um decréscimo de 3,4% em relação ao mesmo período de 2015 (3.306 mil m³). Os dados constam na edição nº 105 do Boletim Mensal dos Biocombustíveis. A publicação é elaborada pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

A capacidade instalada autorizada a operar comercialmente em outubro de 2016 ficou em 7.306 mil m³/ano (609 mil m³/mês). Dessa capacidade, 92% são referentes às empresas detentoras do Selo Combustível Social.

A região Sul liderou a produção de biodiesel no cenário nacional, com a participação de 40%. Já a região Centro-Oeste foi responsável por 39% da produção brasileira, seguida pelo Sudeste, com 12%. As regiões Nordeste e Norte representaram, respectivamente, 6% e 3% da soma.

Com relação às matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel, no acumulado até o mês de setembro, a participação das três principais matérias-primas foi de 77,9% soja, 15,8% gordura bovina e 0,9% algodão.

Já a produção de etanol no período foi de 2,98 bilhões de litros, 3% menor que a produção do ano anterior. Destaque para a produção de anidro que foi de 1,3 bilhão de litros, aumento de 3,8% em relação à safra anterior. Já a produção de hidratado foi de 1,6 bilhões de litros. Em outubro, o consumo de etanol foi de 2,1 bilhões de litros, sendo 0,9 bilhão de litros de anidro e 1,2 bilhão de litros de hidratado. Em 2016, já foram consumidos 21,8 bilhões de litros de etanol.

(Fonte: Folha de S. Paulo e Assessoria de Comunicação do MME– 11/01) 

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