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Terceirização de atividades é maior nas grandes empresas

04 de Abril de 2017

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Sondagem da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) mostra que 67% das indústrias mineiras usam serviços terceirizados. Para a maioria delas (66,7%), a insegurança jurídica era o principal entrave à terceirização, o que agora pode ser revertido com a nova lei que regulamenta o trabalho terceirizado, sancionada pelo presidente Michel Temer na última sexta-feira.

De acordo com levantamento feito especialmente sobre o tema pela Fiemg, na divisão por porte da empresa, o índice de terceirização de atividades é maior nas grandes indústrias, chegando a 78,7%. Nas médias, a terceirização atinge 63,7% e nas pequenas, 61,5%.

Para o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Fiemg, Osmani Teixeira de Abreu, “a maior vantagem da nova legislação da terceirização é a segurança jurídica”. “Entendemos que a lei não retira direito algum do trabalhador. A relação do trabalhador com a empresa não muda, só que quem vai pagar os direitos è a empresa terceirizada e não mais a contratante”, disse.

Abreu ressaltou que o levantamento feito pela Fiemg indica que, em 2016, praticamente 76% das indústrias que terceirizam atividades verificaram se a empresa contratada cumpria com os encargos trabalhistas. O índice era de 69,2% até 2014.

Além disso, 70,6% das indústrias que terceirizam também observaram se a empresa contratada cumpria com as normas de saúde e segurança do trabalho. A pesquisa mostrou ainda que 62,1% das indústrias mineiras que terceirizam serviços proporcionaram aos trabalhadores terceirizados o mesmo tratamento dos contratados diretos.

Entre os maiores entraves para a terceirização, 66,7% apontaram a insegurança jurídica e os passivos trabalhistas, seguidos pela qualidade inferior que a esperada pelos serviços terceirizados (34%) e pela fiscalização trabalhista, com 32%. Os custos maiores que o previsto também foram indicados por 30,7% das indústrias pesquisadas.

A montagem e/ou manutenção de equipamentos é o serviço mais terceirizado pela indústria mineira, com 50,9%. As atividades de logística e transportes, com 48%, aparecem na sequência, seguidas pelos serviços de consultoria técnica (42,8%) e pela segurança e/ou vigilância (38,7%).

Competitividade – A sondagem mostrou ainda que 40,3% das indústrias afirmaram que a competitividade seria afetada com um suposto fim da terceirização.

“Quando a pesquisa revela que, se não houvesse a possibilidade de terceirizar, as empresas perderiam em competitividade. Isso mostra que a terceirização tem como foco o próprio negócio. É um passo importante na evolução do trabalho e também na segurança jurídica para os investimentos das empresas e para ampliar a competitividade da indústria”, afirmou a gerente de Economia da Fiemg, Daniela Britto.

(Fonte: Diário do Comércio – 04/04)

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