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UDOP lança campanha institucional contra incêndios em canaviais

23 de Junho de 2021

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Na última segunda-feira (21) teve início o inverno em todo o Brasil, que se prolongará até o próximo dia 22 de setembro, quando terá início a primavera. O inverno, no entanto, representa um fator de maior risco para a ocorrência de queimadas florestais, em pastagens e, também, em diversas culturas, como os canaviais, por exemplo.

Dentre os fatores que aumentam significativamente o risco de queimadas no período do inverno estão as baixas temperaturas, o clima extremamente seco, com uma baixa umidade relativa do ar e ações humanas que trazem prejuízos à biodiversidade.

Diferentemente do que muitos pensam, no entanto, a prática do fogo nos canaviais, para a despalha da cana e posterior colheita, não é mais praticada pelas usinas paulistas, para se ter uma ideia, já há mais de uma década, quando o setor se mobilizou e antecipou o fim das queimadas através do Protocolo Etanol Mais Verde, firmado, à época, com o Governo do Estado.

Segundo a Cetesb -- Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, o ano de 2007 marcou a assinatura do primeiro protocolo agroambiental do setor com o Governo. Hoje, o Protocolo Etanol Mais Verde, ainda segundo o órgão, é assinado por 117 usinas e 13 associações de fornecedores de cana, com representação de mais de 5 mil fornecedores que, juntos, protegem mais de 4,4 milhões de hectares do solo paulista.

Desde a implantação dos Protocolos Agroambientais em São Paulo, foram evitadas emissões de mais de 11,8 milhões de toneladas de CO2eq (CO2 equivalente) e de 71 milhões de toneladas de monóxido de carbono, material particulado e hidrocarbonetos, somente com a extinção das queimadas nos canaviais.

O Protocolo estabelece ainda a proteção e restauração de áreas ciliares -- mais de 132 mil hectares de áreas ciliares e 7.315 nascentes, além de promover o reflorestamento de quase 3 milhões de mudas de árvores nativas do Estado.

Zero Queimadas

Visando esclarecer a população de forma geral de que a prática da queimada não faz mais parte do universo canavieiro, a UDOP e suas associadas estão lançando neste ano uma Campanha Institucional batizada: Zero Queimadas.

A campanha recebeu, também, o apoio de várias regionais do PAM -- Plano de Auxílio Mútuo, idealizado em 2017 com o objetivo de unir usinas de uma mesma região para evitar, controlar e combater focos de incêndios, acidentais ou criminosos.

A campanha Zero Queimadas tem como objetivo explicar que a prática dos incêndios nos canaviais é um crime ambiental e por isso deve ser denunciada, além dos cuidados que a população deve tomar para evitar os incêndios acidentais, ocorridos, normalmente, por práticas perigosas como o descarte de uma simples bituca de cigarro que pode ocasionar enormes danos à flora e fauna.

Com peças publicitárias em suas redes sociais e no portal UDOP, além da divulgação da campanha por suas mais de 60 associadas espalhadas em 10 estados brasileiros, a UDOP pretende, com a campanha, sensibilizar a população para os cuidados necessários na preservação ambiental, evitando, assim, ações que possam trazer prejuízos à biodiversidade.

Além das questões ambientais envolvidas, o setor destaca, inclusive, que hoje, com o advento da colheita mecanizada da cana-de-açúcar, a queima traz enormes prejuízos às usinas, no tocante a colheita prematura de áreas, ou até mesmo o descarte daqueles talhões, sem citar as impurezas levadas para a usina, que prejudicam o rendimento industrial, dentre tantos outros malefícios.

Você pode fazer sua parte, também, compartilhando as peças da campanha Zero Queimadas e redobrando os cuidados quando estiver na zona rural, evitando ações que possam iniciar qualquer tipo de incêndio.

 

 

Fonte: Agência UDOP de Notícias – 23/06

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