26 de Abril de 2018
Notícias
Anualmente, o Polo Minas Gerais da Usina Coruripe (unidades Carneirinho, Limeira D’Oeste, Iturama e Campo Florido) aplica defensivos agrícolas em uma área de 100 mil hectares com cana-de-açúcar. Nas grandes extensões agrícolas, como essa da Coruripe, é cada vez mais frequente o uso de aplicação aérea de agroquímicos.
“Não dá mais para abrir mão da aplicação aérea, pois são grandes as vantagens, como menor custo que a terrestre; é muito mais rápida, em uma manhã fazemos de 1000 a 1200 hectares, enquanto que a terrestre para fazer a mesma área leva uma semana; e pode ser realizada mesmo em período de chuva (basta ter condições para o avião subir e descer), já a terrestre, choveu, os equipamentos ficam parados”, observa Vivian Oliveira Cunha, coordenadora de Planejamento e Desenvolvimento Agrícola do Polo Minas Gerais da Usina Coruripe.
Mesmo tornando-se indispensável, a pulverização aérea recebe muitas críticas. Um dos principais argumentos contra essa prática é a chamada deriva, quando a aplicação de defensivo agrícola não atinge o local desejado e se espalha para outras áreas. O desperdício de produto químico e a má qualidade da aplicação, também pesam negativamente sobre a aviação agrícola. Vivian observa que, nessa prática só é possível ver a falha da aplicação no momento da colheita, ou por manchas registradas por imagem de satélite, mas aí, já é tarde, não dá mais para corrigir.
O piloto do avião agrícola é peça-chave para a aplicação de qualidade, e a Coruripe já descobriu uma ferramenta eficaz para monitorar os pilotos e incentiva-los a realizarem uma aplicação eficiente. Há duas safras, a empresa adotou o monitoramento de aviões agrícolas pelo sistema Spray Plan. Desenvolvido pela Dominus Soli, empresa brasileira, com sede na cidade paulista de São João da Boa Vista, o sistema Spray Plan, sem similar no mundo, detecta áreas de preservação ambiental, áreas residenciais e organismos vivos, como colmeias e populações do bicho-da-seda, posicionados no entorno de plantações alvos de pulverizações com agroquímicos.
Com base nesses dados, o sistema de análise orienta o planejamento de voo das aeronaves, possibilitando ao piloto perseguir a precisão nos fundamentos decisivos ao sucesso de uma pulverização com agroquímico, como a distância mínima segura de organismos não-alvo do tratamento; identificação exata da largura de faixa programada, aplicação efetiva, vazão, volumes de calda depositados, áreas cobertas e não cobertas por produtos e aplicações sobrepostas.
Fonte: CanaOnline – 25/04/2018
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