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Usina Coruripe vê suas reservas florestais como importantes ativos econômicos

11 de Novembro de 2021

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As reservas legais e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) da Usina Coruripe foram destaques na COP 26, através da apresentação do Gerente de Sustentabilidade,  Bertholdino Apolônio Junior, na terça-feira (9). Ele participou do estande do Brasil na COP 26 via estúdio da CNI em Brasília. Durante todo o dia, ocorreram palestras sobre iniciativas empresariais bem-sucedidas em transição energética, economia circular e conservação de florestas.

Bertholdino Apolônio disse que a Usina Coruripe tem aproximadamente 250 mil hectares de cana tanto no bioma Mata Atlântica quanto Cerrado e criou uma estratégia, para cumprir a exigência de 20% de reserva legal, mesmo antes do Código Florestal Brasileiro. O grupo começou a adquirir florestas para atender a essa exigência e chegou num número aproximado de 18 mil hectares de floresta preservada: 10 mil hectares no Cerrado e cerca de 8 mil de Mata Atlântica. “A intenção era atender a legislação, ter um ativo ambiental e explorar essas áreas com os parceiros de arrendamento. Quando tem um fornecedor, por exemplo, com déficit de reserva legal, arrenda uma área de floresta, através de contratos entre as partes”.

Mas não basta somente ter as reservas, é preciso vê-la como um ativo e criar uma estrutura que agregue valor. Com isso, o grupo transformou parte das reservas em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), que são parques particulares, a fim de dar mais segurança na sua perpetuidade. Criou, também, um Posto Avançado da Biosfera da Mata Atlântica, em Alagoas, além de produzir 80 mil mudas nativas, por ano, tanto de Cerrado quanto de Mata Atlântica, o que resultou em grandes maciços florestais.

Essas reservas contam com torre de observação para monitorar os possíveis incêndios, veículos apropriados de combate, sede para cientistas fazerem as pesquisas, centro de produção de mudas, viveiros para recuperação das áreas degradadas. Além da importante integração com a comunidade, com projetos de apicultura, extrativismo, visitação de cientistas, e projetos ambientais, com destaque para o do monitoramento de mamíferos, da flora e dos rios, Carinhanha, em Minas Gerais, e Coruripe em Alagoas, importantes para perenização de toda bacia hidrográfica onde estão localizados.

Bertholdino disse, também, que o Brasil tem que avançar muito no modelo de servidão florestal, que é um tipo de aluguel de áreas de floresta para quem tem déficits de reserva legal. “É um mecanismo de proteção das florestas e que tem que fortalecer, mas ainda precisa de regularização para se expandir no Brasil e em outros territórios”, afirmou.

Segundo a jornalista e mediadora, Renata Agostini, o Brasil possui a segunda maior cobertura vegetal do mundo, só perde para a Rússia, e é detentor da maior biodiversidade global. Ela reforça que essas áreas têm que ser vistas como um ativo econômico, com muitas oportunidades de negócios. Ela ressalta que é preciso transformar essas vantagens comparativas em competitivas, o que exige investimento, conhecimento e estratégia. Da manutenção de florestas nativas ao desenvolvimento de novos produtos, a indústria gera impacto na economia e contribui com a redução dos gases do efeito estufa.

 

Fonte: Gerência de Comunicação SIAMIG – 11/11

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