07 de Dezembro de 2021
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A Usina Uberaba, diferente das empresas que tiveram quebra da safra de cana este ano devido à forte seca e geada, está comemorando o alcance da meta de moagem de 3,2 milhões de toneladas, acima da estimativa prevista. As explicações dadas pelo diretor da empresa, Marco Balbo, são o microambiente em que a usina está inserida e o cuidado com a cana-de-açúcar, que tem proporcionado recordes de produtividade!
Leia abaixo a entrevista com o dirigente feita pela SIAMIG.
SIAMIG - O senhor está colhendo uma safra recorde, como conseguiu driblar a forte seca e geada deste ano?
Marco Balbo – A moagem de 3,2 milhões de toneladas de cana já era uma meta perseguida há alguns anos. Realmente, a Usina Uberaba está um microambiente diferenciado e terminamos uma safra acima da estimativa, enquanto praticamente várias unidades fecharam este ano abaixo do estimado.Atingimos a meta e temos boas perspectivas para a próxima safra, que deverá ficar nesse patamar, mas temos projetos para bioenergia e fábrica de levedura.
SIAMIG - E quanto ao aumento de produtividade da cana, não está sendo perseguida, também, como grande parte das usinas?
Marco Balbo - A meta de produtividade da cana também já foi alcançada. Ficávamos em 108 t/ha e hoje conseguimos 119 t/ha. É muito acima da expectativa. Trabalhamos muito para conseguir esses números, com um investimento grande em tecnologia, tratos culturas, insumos, manejo de pragas. Essa é nossa filosofia e assim vamos continuar.
SIAMIG - Os investimentos maiores agora não iriam, então, para o canavial?
Marco Balbo - Hoje os investimentos vão ser direcionados mais para a fábrica. A extração está bem-preparada, a caldeira, agora estamos investindo na geração de energia elétrica, com geradores, instalação de linhas de transmissão e depois construiremos uma fábrica de levedura, processo que já é dominado pelo grupo.
SIAMIG - A intenção é comercializar energia no mercado?
Marco Balbo - Sim, essa é mais uma meta para 2024. Nossa intenção é gerar 50 MWh de energia elétrica e exportar 40 MWh. A Cemig já indicou nosso ponto de conexão e os procedimentos estão caminhando bem. Mas o mais importante é cuidar da cana, o açúcar, o etanol são “produzidos” no campo, na melhoria cada vez mais da cultura.
SIAMIG - E os custos, vão impactar a próxima safra?
Marco Balbo - Os custos subiram demais. Hoje o setor está num momento bom de preço, mas amanhã pode cair e o custo não irá cair, ele tem uma tendência a se manter. Então, as empresas sempre têm que procurar a produtividade e aí vai suplantar os desafios: começa desde a escolha da variedade, solo, plantio, qualidade da colheita, transporte, agora temos o rodotrem de 11 eixos, que já é uma conquista, e estamos otimistas para os próximos anos.
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