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Usinas ampliam estoques visando etanol a R$ 2,30 no último trimestre e R$ 2,40 no início de 2021

25 de Agosto de 2020

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Na semana em que o etanol hidratado buscou um aumento significativo na usina, de 4,09% (R$ 1,7293 líquidos), como Money Times antecipou as indicações de negócios que se refletiriam no indicador Cepea/Esalq, o biocombustível reforça também sua expectativa de demanda mais forte para os meses futuros. As distribuidoras já estão prevendo que pagarão preços de R$ 2,40 para janeiro e fevereiro, contra o ‘cheio’ praticado nestes dias de pouco mais de R$ 2,00.

E o que era base para aqueles dois meses da entressafra, de acordo com estudo da Safras & Mercado, os R$ 2,30 viraram referência na região do polo petroquímico de Paulínia (SP) para o último trimestre.

O sintoma desse cenário positivo é a formação de estoques pelas indústrias. No levantamento da Safras, assinado pelo analista Maurício Muruci, a segunda quinzena de julho deixou o setor com mais de 7,10 bilhões de litros, ou seja, 28,28% a mais de etanol armazenado frente ao mesmo período da safra 19/20 no Centro-Sul. “Na margem, mais 14,36% sobre os 6,22 bilhões de litros da segunda quinzena de junho”, informa.

Ao final do mês passado, englobando as previsões de estocagem do Nordeste – 8,15 milhões/l, alta de 60,75% contra 2019 – a capacidade do País supriria o consumo em 304,05%. E apenas considerando a demanda do Centro-Sul, visto que a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP) ainda não revelou a comercialização nacional de julho, destaca o relatório da consultoria.

O que estaria apto a ser comercializado no Centro-Sul, ainda pelos dados coletados ao final do mês anterior, 4,85 bilhões/l são de etanol hidratado, mais de 1,5 bilhão/l também na comparação com igual tempo de 2019.

Na safra na qual a prioridade foi o açúcar, que se beneficiou do alta do dólar, levando a recordes de exportações – e justificando o acúmulo maior de matéria-prima para o alimento enquanto o consumo de biocombustível ruiu mais de 30% -, o etanol ainda teve um volume corrente disponível para comercialização de mais 42%.

Na margem, acréscimo de 16%. E na média de cinco anos, alta de 56%, destaca Maurício Muruci.

 

Fonte:  Money Times - 24/08

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