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Usinas voltam ao normal, mas tabela mínima de frete preocupa

06 de Junho de 2018

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As usinas processadoras de cana-de-açúcar voltaram a operar normalmente, após o fim da paralisação dos caminhoneiros.

 “Se alguma delas ainda estiver parada, o motivo não é a falta de diesel”, diz Antonio Rodrigues de Padua, diretor da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).

Segundo o diretor, as usinas ficaram três dias sem processar e cinco dias sem fazer entregas, chegando ao limite da manutenção de estoques.

O problema vem agora. O saldo da paralisação dos caminhoneiros poderá trazer alívio às empresas, que são grandes consumidoras de diesel. São utilizados de quatro a cinco litros de diesel por tonelada de cana processada.

A tabela mínima de preços para o frete, porém, vai ser um fator onerador. “Paga-se menos pelo diesel, mas mais pelo frete”, diz Padua.

Estima-se em até 27% de aumento no frete. Se isso se concretizar, aumentará o ônus para as usinas, na avaliação dele. A demanda por etanol é forte neste período pós-paralisação, mas os preços estão sem grandes alterações. O protesto pegou as empresas em um período de mudança de mês e com necessidade de caixa.

Nesse cenário, são obrigadas a vender mais para equilibrar as contas, o que dá pouca variação aos preços, segundo Padua. Normalmente, o setor trabalha com 10 a 12 dias de estoques.

Fonte: Folha de S.Paulo - 06/06/18

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