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“Vale a pena investir no setor sucroenergético”, afirma especialista em administração agrícola

24 de Outubro de 2019

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Durante o webinar “Quais as expectativas de resultados do setor canavieiro?” realizado pela Syngenta nesta quarta-feira (23), o professor da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em administração agrícola, Marcos Fava Neves, apresentou 10 pontos que podem levar ao investimento, ou não, no setor de cana-de-açúcar.

Marcos Fava Neves afirmou que o barateamento das fontes de captação de energia solar “dá medo”. Para ele, esse fato deve jogar negativamente na decisão de investir ou não no setor canavieiro nacional.

O professor também comentou sobre a crescente campanha mundial para diminuir o consumo de açúcar. “Esse impacto deverá ser sentido principalmente em países desenvolvidos. No entanto, há um maior número de países em desenvolvimento do que desenvolvidos. Por conta disso, não acredito que, nos próximos dez anos, essa onda ‘sem açúcar” causará muito impacto.”

Segundo ele, o açúcar continua com uma perspectiva boa, com um crescimento mundial esperado de 1,3% ao ano.

No final da apresentação, Fava Neves respondeu a pergunta: Vale a pena investir no setor sucroenergético?

“Vale sim, pois tanto o açúcar como o etanol possuem perspectivas boas para o futuro”, afirmou o especialista.

Pontos que levam ou não ao investimento no setor

01 - Questões globais (geopolítica e comércio), crescimento econômico no Brasil (reformas e aumento da confiança) e valorização do real;

02 – Preços do petróleo e competitividade da gasolina;

03 – Mercado internacional de açúcar: subsídios e danos à imagem;

04 – Fontes alternativas/substitutas de açúcar, energia e transporte, com possíveis ameaças à cana e ao etanol;

05 – Potencial de consumo da crescente frota flex;

06 – Implementação do RenovaBio, outros programas de biocombustíveis (China com 10%), premiação por eficiência e tratamento tributário adequado à energia vinda da cogeração;

07 – Custo crescente de arrendamento e aumento do endividamento do setor;

08 – Eficiência agronômica: especialização nas atividades, agricultura por m², economia do compartilhamento e economia circular combatendo o crescente custo de produção e redução da produtividade;

09 – Hiatos de produtividade no elo industrial;

10 – Organizações coletivas de produtores e industriais com interesses conflitantes;

Fonte: Cana Online – 24/10/19

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