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Venda de automóveis só deve voltar ao patamar recorde em 2025

06 de Dezembro de 2016

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No processo de retomada gradual esperado para o consumo, o setor que deve se recuperar mais lentamente é o de veículos. A expectativa é que, apenas em 2025, as vendas de carros e comerciais leves retornem aos números recorde de 2012, quando foram comercializadas 3,634 milhões de unidades no país. Mesmo itens considerados indispensáveis, como planos de saúde, também levarão ainda um bom tempo para responder aos estímulos econômicos.

“No caso de veículos, o mercado de 3,6 milhões de unidades volta apenas em 2025, com sorte. Os juros estão altos, o carro ficou mais caro e o prazo de financiamento, menor. Ao mesmo tempo, a renda não subiu ou teve queda real. Isso deixou a prestação do carro novo cara”, explica o consultor da Oikonomia, Raphael Galante.

Ele acredita que, após quatro anos de queda, em 2017 será possível ver alguma estabilidade ou um tímido crescimento, uma vez que o desemprego seguirá em alta ainda no primeiro semestre do ano. Um aquecimento mais consistente será visto a partir de 2018, mas ainda distante do necessário para se vender mais de 3,6 milhões de veículos. Já a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea) ainda não fechou uma projeção para o próximo ano, mas a expectativa é de crescimento de um dígito.

A compra de menos bens afetou o uso até de serviços básicos. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que o consumo de energia residencial atingiu 132.302 gigawatts/hora (GWh) em 2014. O ano seguinte, em que a revisão tarifária fez a conta de luz ter uma alta expressiva, foi de queda e, neste ano, até setembro, está em 99.454 GWh, uma leve alta de 1,8%, mas sobre uma base já deprimida.

Outro serviço básico em que a queda foi significativa foi o acesso aos celulares. A Agência Nacional de Telecomunicações contabilizou, em 2014, 280,7 milhões de linhas de acesso móvel. Neste ano, em setembro, o número era de 251 milhões. Mas neste caso, além da crise, o uso de aplicativos de troca de mensagens, como WhatsApp, reduziu a necessidade dos consumidores de utilizar linhas de diferentes operadoras.

(Fonte: Minaspetro – 06/12)

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