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Venda dos 51% da Petrobras na TBG esbarra em debate sobre tarifa de transporte no gasoduto

02 de Julho de 2020

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O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou na Live do Valor desta quarta-feira que há um “problema” que atrapalha o processo de venda dos 51% de participação da petroleira na TBG. Segundo ele, há uma divergência quanto à tarifa de transporte no gasoduto. “Queremos tarifa bem mais baixa. Isso se traduziria em preço mais baixo para o consumidor”, disse Castello Branco, afirmando que a indefinição dessa situação traz incertezas para possíveis compradores da fatia da estatal na TBG.

O executivo ressaltou que uma decisão sobre essa questão tiraria uma “nuvem” sobre a venda da TBG, tornando mais “célere” a venda dos 51% da Petrobras na empresa.

Castello Branco também disse que os acordos de desinvestimentos feitos com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) estão sendo atendidos e que a venda da Gaspetro segue normalmente. Ainda sobre os desinvestimentos, Castello Branco afirmou que a estratégia da empresa é vender ativos onde a Petrobras não é a dona natural, o que inclui campos maduros e em águas rasas.

“A ideia é sair de todos os campos terrestres e de águas rasas, ficando com águas profundas e ultraprofundas. Nisso, Petrobras é imbatível”, disse.

BR e Braskem

O presidente da Petrobras afirmou que a intenção da companhia é vender a parcela remanescente que possui no capital da BR Distribuidora. Segundo ele, a venda ainda não foi executada devido às condições de mercado.

“A bolsa brasileira foi uma das que mais caíram, o que não trouxe ambiente amigável para 'follow-on'”, disse, afirmando que a companhia tem que ser “paciente” e aguardar o “momento certo” para a venda das ações.

Castello Branco reiterou que a Petrobras também pretende vender a participação que possui na Braskem. De acordo com o executivo, a companhia conversa com a Odebrecht sobre o acordo de acionistas, de forma a permitir a venda das ações com direito a voto.

Ele ressaltou que a venda da fatia na Odebrecht não deve acontecer “nos próximos meses”, mas frisou que a petroleira trabalha “ativamente” para acelerar esse processo.

 

Fonte: Valor Econômico - 01/07

 

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