Notícias

Vendas de máquinas agrícolas devem crescer 13% em 2017

06 de Janeiro de 2017

Notícias

As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias devem crescer cerca  de 13% - 49,5 mil unidades - em 2017, estima a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). As exportações também devem avançar, com um crescimento previsto de 6% - 10,2 mil unidades -, assim como a fabricação de novos produtos, que deverá registrar alta de 10,7% - 59,6 mil unidades. Todas as projeções são sobre os resultados de 2016, que foram inferiores aos de 2015.

Segundo a Anfavea, em 2016 foram negociadas 42,8 mil unidades, queda de 4,8% sobre as 45 mil em 2015. No último mês do ano, quando o setor comercializou 4,1 mil máquinas, houve elevação de 14,8% frente as 3,6 mil de novembro e de 84% na análise com as 2,2 mil de dezembro de 2015.

De acordo com a entidade, a produção nos meses transcorridos de 2016 foi de 53 mil unidades e ficou 4,1% abaixo do que o ano anterior, com 55,3 mil unidades. Em dezembro, 5,5 mil unidades foram fabricadas, o que representa estabilidade contra novembro e crescimento de 511% contra as 906 unidades do mesmo período de 2015.

Já as exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias encerraram o ano com 9,5 mil unidades, o que significa diminuição de 5,7% frente as 10,1 mil de 2015.

                            .Após uma queda de 31% nas vendas no primeiro semestre, em relação a igual período de 2015, acreditava-se que o ano terminaria em situação bem mais complicada.

Não foi o que ocorreu. No segundo semestre, o cenário mudou completamente, e as vendas de julho a dezembro superaram em 27% as de igual período de 2015.

Com isso, o resultado final do ano ainda foi de queda, mas com percentual bem menor do que se previa no primeiro semestre.

A recuperação das vendas de máquinas no setor deu vida também ao mercado de trabalho. No mês passado, as indústrias de máquinas agrícola e rodoviárias empregavam 16,8 mil trabalhadores, 9% mais do que em dezembro de 2015.

Esse cenário de crescimento no segundo semestre contrasta com vários outros setores da economia brasileira, que, devido à crise econômica, têm desemprego recorde.

O destaque do ano passado fica para o crescimento nas vendas de colheitadeiras, que somaram 4.498 unidades. Esse número supera em 15% o de 2015.

Já as vendas de tratores não se recuperaram, tendo queda de 4%. Foram vendidas 35,96 mil unidades no ano passado, segundo a Anfavea.

A melhora no setor de máquinas no segundo semestre ocorreu porque os produtores mantiveram renda no ano passado. Ao contrário do que se esperava, a maior parte das commodities manteve preços favoráveis, devido à demanda internacional.

Além disso, o dólar ajudou permitindo ganhos maiores, em reais, nas exportações das mercadorias.

Com cenário favorável dos preços, os produtores ampliaram ainda mais as áreas de de milho e de soja. O ritmo de crescimento da soja, no entanto, não foi tão intenso como nos anos anteriores.

O resultado é que já se prevê safra de milho acima de 90 milhões de toneladas, e a de soja, próximo de 104 milhões.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) espera uma safra total de grãos de 213 milhões de toneladas. Para colher essa safra recorde, os produtores elevaram as compras de colheitadeiras.

Paraná, Mato Grosso e Rio Grande Sul se destacam na compra de colheitadeiras. Os dois primeiros ficaram com 23% cada um das máquinas vendidas; os gaúchos, com 22%.

(Fonte: Datagro e Folha de S.Paulo – 06/01)

Veja também